Orçamento com déficit mostra que não há maquiagem nas contas, diz Temer
O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta 2ª feira 31.08 que as notícias de que o Executivo entregará o projeto de lei orçamentária de 2016 com a previsão de déficit mostram transparência absoluta do governo.
“Não há maquiagem nas contas”,
disse Temer, durante palestra no Fórum Exame, na capital paulista. Segundo Temer, o governo abandonou a ideia do retorno da CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, cuja reativação foi discutida
“de última hora”, e "muitas vozes" se levantaram contra. “Precisamos preparar o ambiente, ou teremos derrotas fragorosas no Congresso”,
declarou.
“O que a sociedade não aplaude é o retorno repentino da CPMF”,
afirmou.
Temer falou também sobre a possibilidade de aumento de impostos.
“Não vamos pensar em uma carga tributária mais elevada”,
disse ele. Após a declaração, o vice-presidente foi aplaudido pela plateia, formada principalmente por empresários.
“Vou levar esse aplauso para o [ministro da Fazenda, Joaquim] Levy e para o [ministro do Planejamento Joaquim] Barbosa.”
O vice-presidente comentou ainda o uso indiscriminado da palavra crise. Para ele, o País enfrenta uma crise econômica e politica, já que o governo não consegue pleno apoio do Congresso Nacional, mas não uma crise institucional.
“Não temos uma crise institucional, porque o Legislativo, o Judiciário estão funcionando com extrema liberdade”,
ressaltou.
Número de partidos
Michel Temer criticou o número excessivo de partidos políticos no Brasil. Para ele, tais partidos não passam hoje de meras siglas partidárias.
“Eu considero dificílimo governar um país com 32 partidos”,
afirmou o vice-presidente, que defendeu uma reforma político-partidária para devolver a credibilidade às siglas.