Diário de Mercado, 2ª feira, 27 de junho de 2016
Day-After do Brexit, incertezas ecoam:
Bolsas caem no Ocidente e sobem em China e Japão;
Ibovespa cai 1,72%, Dólar sobe 0,46% e chega a R$ 3,3920.
No Day-After do Brexit, as incertezas do referendo ainda ecoam, elevando a aversão a risco em escala global O Ibovespa encerrou a sessão desta 2ª feira em queda, aos 49.245 pts (-1,72%), passando a acumular +1,60% no mês e +13,60% no ano.
O giro financeiro da Bovespa foi de R$ 5,37 bilhões, sendo R$ 5,23 bilhões no mercado à vista. No dia 23 (último dado disponível), houve ingresso de capital externo da ordem de R$ 314,7 milhões na Bolsa, que acumula agora saldo positivo de R$ 1,84 bilhão em junho, e ingresso líquido de R$ 13,31 bilhões no ano.
Na agenda econômica (pg.3), internamente, a confiança do consumidor, medida pela FGV, subiu 3,4 pontos em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. Com o resultado, o Índice fechou o mês em 71,3 pontos, maior nível desde junho de 2015, quando foi de 73,2. O número deste mês dá sequência a uma alta de 3,5 pontos em maio e, segundo a FGV, a alta "foi inteiramente determinada pela melhora das expectativas".
Também foi divulgado o relatório Focus do Banco Central, com as projeções dos agentes de mercado para as principais variáveis macroeconômicas brasileiras, em que destacou-se o aumento pela sexta semana da expectativa de inflação para 2016, acompanhado por um aumento na taxa Selic (meta), enquanto para 2017 não houve nenhuma alteração, exceto a redução da Selic. Para uma análise em detalhes do relatório, acesse o link análise do Relatório Focus.
No mercado de câmbio, o dólar norte-americano – em um dia sem a intervenção do Bacen nos leilões de swap cambial reverso – encerrou a sessão cotado no interbancário a R$ 3,3920 (+0,46%).
O CDS de 5 anos do Brasil (medida de risco-país) avançou mais uma vez e fechou o dia em 347 pts, ante 342 pts na véspera, bem como ainda acima do importante nível de 330 pts.
No mercado de juros futuros na BM&F, hoje foi um dia de retração em praticamente todos os vencimentos, na esteira da cada vez mais distante possibilidade de um aumento na taxa de juros interna norte-americana, influenciada diretamente pelas incertezas derivadas do Brexit.
A manutenção das Fed Rates permite que o atual patamar de liquidez da maior economia do mundo permaneça elevado, beneficiando os mercados emergentes, que assim podem operar pagando juros menores para a captação de recursos das economias desenvolvidas.
Nos mercados estrangeiros, ainda refletindo as incertezas quanto ao referendo que aprovou a saída do Reino Unido da União Européia (Brexit), as bolsas, com exceção da Ásia, recuam majoritariamente.
Confra no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 27.06.2016, elabordo por VICTOR DE ALMEIDA PENNA, CNPI, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI, ambos analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.