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Investimentos

22 de Setembro de 2016 as 20:09:56



INVESTIMENTOS - O Mercado na 5ª feira: Bolsa sobe 1,03% e Dólar vai a R$ 3,226


Diário de Mercado na 5ª feira, 22.09.2016 
 
Mercado interno no verde, apoiado em dado favorável de inflação doméstica e inércia sinalizada pelo Fed e pelo BoJ
 
Hamilton Moreira Alves, CNPI-T. e
Rafael Freda Reis, CNPI-P
 
 
Os mercados operaram tendenciosamente otimistas, levando em consideração os eventos de definições de política monetária por parte do Fomc (EUA) e do BoJ (Japão) na sessão anterior. 
 
Especialmente no tocante à decisão norte-americana, mercadologicamente mais relevante, ganhou força a tese de postergação do início do ciclo de normalização monetária por lá, com o comunicado posterior à divulgação que sinalizou que o Fed irá acompanhar a dinâmica dos indicadores econômicos em direção aos seus objetivos traçados, destacadamente, a inflação.
 
Na verdade, o mercado já considerava que não haveria elevação na taxa de juros neste momento e agora apenas opera ajustes finos quanto à data e intensidade mais provável.
 
Entende-se que, de acordo com o discurso do comitê, a evolução das elevações acontecerão de modo gradual, primando por uma recuperação consistente da economia, deixando para trás o ciclo de “armadilha da liquidez” que ocorreu após a crise de 2008.
 
 
Ibovespa
 
Por aqui o Ibovespa fechou aos 58.994 pts (+1,03%), passando a acumular +3,36% na semana, +1,89 no mês, +36,09% no ano e +27,52% em 12 meses. Preliminarmente, o giro financeiro da Bovespa foi de R$ 7,01 bilhões, com o mercado à vista somando R$ 6,80 bilhões.
 
Os destaque da sessão ficaram por conta das ações do Pão de Açúcar (PCAR4: R$ 54,00; +2,88%) e de empresas ligadas a infraestrutura e energia elétrica, como
 
CCR Rodovias   (CCRO3, R$ 17,00 +3,22%),
Ecorodovias       (ECOR3: R$ 8,84 +2,67%) e
Cemig                 (CMIG4: R$ 9,09; +3,30%),
 
que se beneficiam diretamente de um cenário de juros em queda, mais palpável após a divulgação considerada positiva do IPCA-15 (vide agenda pg.3).
 
 
Capitais Externos na Bolsa
 
No último dado disponível (terça-feira dia 20) houve ingresso líquido de R$ 31,7 milhões de capital estrangeiro na bolsa brasileira. Em setembro o saldo acumulado é de uma evasão de capital de R$ 1,38 bilhão, ao passo que em 2016 o saldo é positivo em R$ 13,63 bilhões.
 
 
Agenda Econômica
 
Na agenda econômica (pg.3), o indicador doméstico de maior destaque da semana foi divulgado hoje. A inflação medida pelo IPCA-15 - que é considerado como um antecedente do IPCA fechado do mês - desacelerou a +0,23% em setembro, surpreendendo positivamente o mercado, não apenas por recuar ante os +0,45% medidos em agosto, mas, por vir abaixo das projeções, cuja mediana apontava para +0,33%.
 
Na decomposição do indicador, o que se constatou foi a tão aguardada retração do preço dos alimento que, após resiliência mais prolongada do que o imaginado, finalmente cedeu, mostrando uma deflação de 0,01% em setembro, após uma alta de 0,78% em agosto.
 
O leite longa-vida e o feijão, grandes vilões da inflação no subitem alimentos até aqui neste ano, apresentaram respectivamente retrações de -4,14% e -6,05% no mês. Com a variação, o indicador passou a acumular +5,90% no ano e +8,78% em 12 meses (8,95% em agosto).
 
Em nossa visão, essa retração também tende a ser expressiva dos meses vindouros, visto que não apenas os preços seguirão arrefecendo, como também advirão os impactos do câmbio e da inflação ao atacado em trajetória descendente.
 
Também, vale lembrar o patamar elevado da base comparativa do último trimestre do ano passado.
 
 
Externamente, nos EUA, as vendas de moradias usadas apresentaram um recuo de 0,9% em agosto ante julho, totalizando uma taxa anualizada de 5,33 milhões de unidades. Apesar das vendas de casas neste ano atingirem o nível mais alto desde 2007, o recuo já se perfaz por dois meses seguidos, levando o índice a uma variação nos últimos 12 meses de 0,8%.
 
No mercado de juros, a estrutura a termo da curva de juros recuou ao longo de toda a sua extensão, refletindo a postergação das expectativas de aperto monetário nos EUA e uma elevação pelos agentes da probabilidade de corte na taxa Selic na decisão do Copom, marcada para 19 de outubro próximo, que foi integralmente embutida na taxa futura.
 
 
Câmbio e Juros Futuros
 
No mercado de câmbio, o dólar iniciou a sessão em queda, reagindo ao cenário mais benéfico à liquidez mundial, porém ao longo do dia foram ganhando forças especulações quanto à possibilidade de intervenções do Bacen em leilões de swaps cambiais reversos mais enfáticos do que os atualmente praticados, e com isso o mercado vislumbrou um novo ponto de compra na faixa dos R$ 3,20 – visto atualmente como um “piso informal”. Com isso a divisa norte-americana perdeu ganhou terreno ante o real.
 
O interbancário findou o dia cotado a R$ 3,2260 (+0,59%), acumulando -1,25% na semana, 0,00% no mês, -18,56% no ano e -20,35% em 12 meses. O CDS (Credit default Swap) brasileiro de 5 anos recuou a 267 pontos de 272 pontos na véspera.
 
 
 
Confira no anexo a integra do relatoro sobre o comportamento do mercado na 5ª feira,  22.03.2016, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T. e Rafael Freda Reis, CNPI-P, do BB Investimentos.


Fonte: Hamilton Moreira Alves, CNPI-T. e Rafael Freda Reis, CNPI-P, do BB Investimentos





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