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Investimentos

02 de Dezembro de 2016 as 20:12:25



INVESTIMENTOS Carteira Sugerida de Ações para Dezembro/2016


Carteira Sugerida de Ações - Dezembro/2016
 
Bolsa tende a manter ganho atual superior a 40% no ano
 
 
Hamilton Moreira Alves, CNPI-T
José Roberto dos Anjos, CNPI-P
Renato Odo, CNPI-P
 
 
Perspectivas.
 
Para dezembro, a expectativa é de estabilidade, depois da queda de 4,65% em novembro, concomitante com a saída preliminar de R$ 2,405 bilhões no mês, até dia 24, mas, com o acumulado no ano em R$ 15,111 bilhões. 
 
A ponderação de riscos agrega um cenário externo mais ameno, já precificada a alta de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Fed no próximo dia 14, bem como foram bem recebidas pelo mercado as indicações pelo presidente eleito, Donald John Trump, dos aguardados nomes para secretário do Tesouro e para secretário do Comércio do próximo governo, sendo designados Steven Mnuchin e Wilbur Ross, respectivamente.
 
Internamente, a percepção dos agentes de uma recuperação econômica mais lenta, corroborada pelo comunicado do Banco Central que sinalizou nível de atividade e inflação mais fracos, abre-se espaço para, favoravelmente, o mercado incorporar um corte maior na taxa básica de juros (Selic), de 50 pontos-base, na próxima e primeira decisão em 2017, no dia 11 de janeiro. 
 
volatilidade no mercado acionário tenderá a advir das oscilações dos preços das commodities nos mercados internacionais, bem como, domesticamente, dos desdobramentos de possíveis novas delações na operação lava a jato. 
 
Assim, ponderados os riscos internos e externos e levando em conta que a liquidez deverá decair após o vencimento de opções sobre ações no dia 19 – situação normal para os meses de dezembro com a proximidade do final do ano – os gestores tendem a não arriscar o ganho do Ibovespa no ano, superior a 40% até o momento.
 
 
Análise Gráfica do Ibovespa. 
 
O movimento de alta se enfraqueceu ao longo do mês, com uma expressiva saída de fluxo estrangeiro, e o índice passou a apresentar um padrão de indefinição de tendência, que pode atingir tanto a resistência em torno dos 65.000 pts, quanto o suporte, em 61.300 pts. 
 
No entanto, até o momento, o Ibovespa continua alinhado com a tendência primária de alta, que se configurou a partir de agosto, com a ruptura da longa linha de baixa, iniciada ao final de 2010. 
 
Nossa estimativa de preço-alvo para o final de dezembro de 2016 é de 65.000 pts.
 
 
Performance. 
 
O Ibovespa fechou aos 61.906 pts, -4,65% no mês, +42,81% no ano e +37,20% em 12 meses. O índice operou todo o mês em campo negativo e, em princípio, oscilou por conta das pesquisas da corrida presidencial norte-americana. 
 
Após o dia 8, com a não precificada eleição do candidato republicano, Donald John Trump, os temores dos agentes levaram a disseminação de pressões vendedoras nos mercados acionários de economias emergentes, com o índice brasileiro chegando a cair cerca de 10%. 
 
Todavia, após declarações consideradas menos agressivas do que o tom de campanha, a partir de meados de novembro houve paulatina dissipação do adverso “Efeito Trump” pelos investidores, ocorrendo gradual reação, apoiada nas elevações dos preços de commodities nos mercados internacionais, destacadamente do minério de ferro na China. 
 
Domesticamente, com esta questão eleitoral dos EUA, o consenso de mercado reduziu a expectativa do corte da taxa básica de juros (Selic) de 50 pontos-base, para 25 pontos-base – expectativa que acabou se consumando na decisão do Banco Central no último dia útil do mês (30).
 
 
Vetores Fundamentalistas e Gráficos da carteira
 
[Ações] Mantidas e Incluídas
 
 
BBDC4 – incluída (20%).    Acreditamos que o Bradesco ainda está em uma fase de transição, após a conclusão da aquisição do HSBC Brasil. Optamos pela inclusão do Bradesco na carteira sugerida, pois as ações estão sendo negociadas a um múltiplo P/L de 8,8x, retornando para a média histórica dos últimos 5 anos, após atingir 10,4x no final de outubro. 
 
Análise gráfica. Em novembro, o ativo sofreu uma acentuada correção baixista, mas a cotação não perdeu o nível dos topos anteriores, em torno dos R$ 29,00, e os indicadores começam a sinalizar um retorno ao campo de alta.
 
 
ITUB4 – mantida (20%). Optamos por manter as ações do Itaú em nossa carteira, por se tratar do banco mais rentável de nosso universo de cobertura. Apesar da baixa demanda e consequente crescimento negativo do crédito nos últimos doze meses até outubro, o Itaú está obtendo sucesso em sua estratégia de diversificação de receitas, com menor dependência do crédito e maior participação de serviços, além de diversificação geográfica.
 
 
MULT3 – incluída (10%). Com um portfólio que engloba diversos shoppings dominantes e mais resilientes, a Multiplan vem apresentando bons resultados, com aumento de 2,8% nas vendas em mesmas lojas, bem como redução da inadimplência e forte taxa de ocupação, em comparação com seus pares de mercado. 
 
As recentes aquisições de participação (Morumbi e Barra Shopping) incrementaram sua participação em ativos com sólido track record (referências em rentabilidade e desempenho de vendas em seu portfólio) e sinalizam que continuam no radar potenciais transações de M&A que podem representar fontes adicionais de upside, reforçando a tese de crescimento da companhia.
 
 
PCAR4 – mantida (10%). Mantivemos a ação do Pão de Açúcar na carteira de dezembro, considerando a recente decisão da empresa em vender sua participação na Via Varejo, o que deverá ser favorável a ambas companhias, possibilitando um foco maior em seus respectivos negócios. Acreditamos que novas notícias que apontem para a efetivação da transação devem ter um impacto positivo sobre a ação. 
 
Além disso, no último resultado divulgado pela empresa, foi possível notar que as iniciativas internas focadas na retomada do ritmo de vendas na bandeira Extra já têm surtido efeitos positivos, o que era uma das principais preocupações do mercado em relação ao desempenho da companhia.
 
 
PETR4 – mantida (15%). Embora a contabilização do impairment de R$ 15,7 bilhões, no resultado do 3T16, tenha deixado pouco espaço para que a Petrobras reverta os prejuízos acumulados no ano e declare dividendos em 2016, a geração de caixa da permanece forte, ainda sob influência dos cortes de investimentos e maiores margens no refino, principais variáveis sob o controle da administração para a condução do processo de desalavancagem. 
 
O fluxo de notícias permanece favorável, com:
 
(i)    o anúncio de mais acordos com investidores americanos que moviam ações individuais contra a companhia, 
(ii)    a materialização da venda de ativos (Bloco BM-S-8, NTS, Liquigás) e, no fechamento de novembro, 
(iii)   a decisão dos membros da OPEP para corte na produção de petróleo, com reflexos na diminuição dos estoques e consequente aumento nos preços da commodity, ainda que em ambiente de acentuada volatilidade. 
 
Considerando a premissa de paridade internacional para a formação do preço dos combustíveis no Brasil, esperamos que as ações elevem gradualmente sua correlação positiva com as referências globais, pesada a oscilação do câmbio nas decisões sobre os preços a serem praticados em dezembro.
 
RADL3 – incluída (15%).  Incluímos a Raia Drogasil na carteira de dezembro, considerando o caráter defensivo da ação, o robusto desempenho dos últimos trimestres e o alto nível de execução da companhia, além das perspectivas favoráveis para o mercado de drogarias no longo prazo.
 
Apesar da substancial valorização observada ao longo do ano (em mais de 80%), RADL3 ainda está sendo negociada abaixo de seus múltiplos históricos, tanto em relação ao EV/EBITDA (48,2x atualmente, contra 63,0x em média dos últimos 5 anos) quanto em relação ao P/E (23,1x atualmente, contra 26,0x da média dos últimos 5 anos). Acreditamos que a recente queda de 9% no mês de novembro represente uma oportunidade de entrada.
 
VVAR11 – incluída (10%).  Indicamos inclusão da Via Varejo na carteira de dezembro, tendo em vista a recente decisão do Grupo Pão de Açúcar de vender sua participação na companhia (43,3%). O mercado tem absorvido notícias sobre possível interesse de compra da companhia por players internacionais, como Falabella (Chile) e Steihoff (Alemanha/África do Sul), e nacionais, como Lojas Americanas. 
 
A efetivação do negócio seria positiva para a Via Varejo, na nossa visão, pois traria um foco maior para o seu core business, troca de know how, além de possíveis ganhos de sinergia. Além disso, há a possibilidade de que a cláusula de tag along seja acionada (companhia de Nível 2), o que beneficiaria os acionistas minoritários. 
 
Análise gráfica. A tendência secundária de alta, iniciada em janeiro deste ano, ganhou força e começa a testar o rompimento de uma longa linha de baixa configurada a partir de set/2014, com apoio em balanceamento de volume e confirmação nos padrões semanal e mensal.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório Carteria Sugerida de Ações para Dezembro/2016, elaborado por  HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P e RENATO ODO, CNPI-P, do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, José Roberto dos Anjos, CNPI-P e Renato Odo, CNPI-P, do BB Investimentos





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