Paulo Skaff, presidente da FIESP, força mobilizadora da sociedade em prol do impeachment de Dilma Rousseff, capitão da campanha "Não Vamos Pagar o Pato", rejeitou nesta 5ª feira, 20.07, a proposta do governo de elevação das alícotas dos impostos PIS e COFINS.
O governo Dilma apresentou no início de 2016 proposta de déficit de cerca de R$ 80 bilhões e apresentou à sociedade brasileira informação sobre a necessidade de elevação de alguns impostos para compensar as gigantescas perdas de arrecadação, paralelamente à evidenciação da inelasticidade das despesas públicas.
Estabelecido o governo Temer, seus ministros da Fazenda e do Planejamento dispensaram desde o início a elevação de impostos e apresentaram proposta de déficite nas contas do governo de R$ 180 bilhões, para 2017, valor posteriormente reduzido para R$ 139 Bilhões.
No presente momento, o governo Temer anuncia elevação das contribuições PIS e COFINS incidentes sobre combustíveis, buscando elevar a arrecadação em R$ 10,4 Bilhões, ao tempo que também anuncia contingenciamento de outros R$ 5,9 Bilhões que, somados às verbas contingenciadas anteriormente pelo governo Temer, neste mesmo ano, perfazem o total de R$ 44.9 Bilhões.
Associada à FEBRABAN na deposição da presidente Dilma Rousseff, a FIESP, diferentemente da congênere financeira, aparentemente não estaria obtendo benefícios da gestão do novo mandatário da Nação, relativos à contenção do ímpeto tributário do governo.
Todavia, pouco se sabe da outra frente de ação da FIESP, a abertura do cofre do BNDES às empresas industriais, em operações de crédito de longo prazo a taxas de juros subsidiadas. A recente troca da presidente do BNDES, há um mês e meio, e o pedido de demissão de um de seus diretores, nesta semana, parecem bons indicativos de que o empresariado industrial não tem sido agraciado com os financiamentos oferecidos por aquele Banco.
O fato é que, na representação do empresariado industrial paulista, Paulo Skaff sabe que "quem não chora não mama". Assim, publicou nesta 5ª feira, documento em que reafirma seu posicionamento contra elevação de impostos.
Confira a seguir.
"O que é isso, ministro? Mais imposto?
"Há apenas 3 meses, cobramos publicamente o ministro da Fazenda sobre suas declarações de que pretendia aumentar impostos. Fomos ouvidos.
"Nesta semana, ficamos indignados com o anúncio da alta de impostos sobre os combustíveis.
"Ministro, aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada, com impactos positivos na arrecadação em junho.
"Aumento de imposto recai sobre a sociedade, que já está sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo.
"Todos sabem que o caminho correto é cortar gastos, aumentar a eficiência e reduzir o desperdício.
"De janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2016, o governo cortou R$ 11 bilhões de investimento. Também cortou R$ 12 bilhões de outras despesas. Porém, este esforço foi por água abaixo devido ao aumento de R$ 12 bilhões em gastos com pessoal (11,8% acima da inflação) e ao aumento de R$ 15 bilhões em gastos com a Previdência.
"A FIESP mantém sua coerência. Desde 2015 empreendemos forte campanha contra o aumento de impostos, que obteve amplo respaldo popular, com 1,2 milhão de assinaturas. Conseguimos evitar a recriação da CPMF e outras tentativas de aumento de impostos.
"Mantemos nossas bandeiras e convicções, independentemente de governos. Somos contra o aumento de impostos porque acreditamos que isso é prejudicial para o conjunto da sociedade. Não cansaremos de repetir: Chega de Pagar o Pato. Diga não ao aumento de impostos! Ontem, hoje e sempre.
"Paulo Skaf"
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp e Ciesp
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