BB-BI - Carteira Sugerida - Outubro de 2017
tendência de alta, mas, com sinais de realização.
Perspectivas.
O índice doméstico bateu sucessivos recordes de pontuações intradiária e de fechamento, com a continuidade do ingresso de capital externo, que também foi preponderante para os três últimos ganhos mensais seguidos, permanecendo como o “fiel da balança” para a manutenção da tendência de alta.
Todavia, as duas recentes baixas semanais consecutivas, que levaram o Ibovespa a encerrar setembro bem próximo do patamar da anterior máxima histórica, trazem dúvidas em relação a persistência do avanço atual.
Resumidamente, as divulgações dos indicadores no Brasil deverão denotar uma inflação baixa e sob controle, além de ratificar a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário pelo Banco Central, bem como uma melhor visão sobre o crescimento do País, tanto para este ano, como para o próximo.
Como destaques domésticos, serão divulgados o IPCA, no dia 6, o IPCA-15, no dia 20, e a decisão sobre a taxa Selic, no dia 25, além do Caged (criação de empregos formais) até dia 27, resultado primário do setor público, no dia 30, e taxa de desemprego, no dia 31.
Contudo, a menos que haja uma surpresa positiva, esses índices favoráveis foram precificados, em nossa visão. Pelo lado externo, o ambiente de tensão entre os líderes dos EUA e da Coreia do Norte tende a prosseguir. Enfim, tem que haver uma notícia nova que impacte e movimente o mercado, seja para cima, seja para baixo.
Internamente, como destaque a ser monitorado, podemos citar que prováveis novas divulgações de pesquisas para a presidência da república, na eleição de outubro do próximo ano, poderão mexer com o comportamento dos agentes.
Externamente, discursos de membros do Fed serão acompanhados de perto pelo mercado e poderão influenciar o humor dos investidores e modificar a percepção sobre a data da próxima definição de elevação da taxa de juros pelo Fed.
Performance.
Em setembro, a continuidade do ingresso do capital externo, que acumulou R$ 3,834 bilhões até o último dia 26 no mês e R$ 14,818 bilhões no ano, foi preponderante para que o índice doméstico perfizesse a quarta alta mensal consecutiva.
Ao longo do mês, houve um cenário interno mais benigno, com indicadores econômicos favoráveis, que se sobressaíram às turbulências externas. O panorama internacional sofreu impacto pontual, com novos episódios da “guerra fria” entre EUA e Coreia do Norte, mas, foi contundente o duro discurso da chairwoman do Fed, Janet Yellen, sobre política monetária, que levou os agentes a anteciparem a próxima alta de juros nos EUA de março de 2018 para dezembro de 2017. O Ibovespa fechou em recorde histórico, aos 74.293 pontos (+4,88%), acumulando +23,36% no ano e +27,32% em 12 meses.
Análise Gráfica do Ibovespa.
O movimento de alta do índice ganhou força em setembro, com acentuado incremento do fluxo de estrangeiros, superando as resistências mais altas, calculadas no relatório anterior, e o próprio topo histórico.
No entanto, a realização sofrida no final do mês pode referenciar novas correções futuras, especialmente se o índice perder o nível de 73.000 pontos, de modo consistente.
A tendência primária, portanto, continua em configuração de alta, mas os recentes padrões de correção podem motivar maior volatilidade no próximo mês (em configurações consolidadas no candle mensal, sob a forma de um pavio superior, no ápice de uma tendência de alta). Próximos suportes em 73.100 e 71.500 pontos; resistências em 74.800, 76.400, 80.200 e 81.600 pontos.
Confira no anexo a íntegra do relatório que apresenta a Carteira Sugerida de ações para outubro/2017, elaborada por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, e Renato Odo, CNPI-P, ambos da equipe do BB Investimento
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