Diário de Mercado, na 5ª feira, 16.11.2017
Repique de alta com percepção favorável de curto prazo
Resumo.
Depois de forte queda (-2,28%) na terça-feira, o Ibovespa recuperou toda a perda nesta quinta-feira, pós-feriado da Proclamação de República, encerrando com valorização de +2,38%, aos 72.511 pts.
O ambiente de aversão ao risco do último pregão foi dissipado e os dados de inflação norte-americana - em linha com o consenso, aumentaram o apetite dos investidores pelos mercados emergentes.
Além disso, a aprovação na Câmara dos Representantes (primeira etapa) da reforma tributária do governo Trump impulsionou as bolsas dos EUA, tornando-se mais um forte indutor da bolsa doméstica. O assunto será tratado agora no Senado norte-americano.
Ibovespa. O índice doméstico abriu ascendente e manteve tendência de alta ao longo de todo o pregão e, além de recuperar os 72 mil pts, chegou a encostar nos 73 mil pts na máxima do dia, aos 72.895 pts.
As perdas pré-feriado foram zeradas, com a redução da aversão ao risco, que também impulsionaram as ganhos nas bolsas de Nova Iorque, além do noticiário político interno neutro.
A Natura e o setor financeiro tiveram fortes valorizações - com destaques para B3, Banco do Brasil e Santander. Por outro lado, apenas dois papéis do índice recuaram.
Ibovespa
O Ibovespa fechou aos 72.511 pts (+2,38%), acumulando +0,48% na semana, -2,42% no mês, +20,40% no ano e +19,34% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 9,350 bi, sendo R$ 8,959 bi no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
Na 2º feira, 13.11, os investidores estrangeiros retiraram de R$ 215,4 milhões da bolsa, elevando o saldo negativo a R$ 2,663 bi em novembro. No ano, o saldo permanece positivo, em R$ 10,285 bi.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-10 (FGV) desacelerou a +0,24% em novembro, contra +0,49% em outubro – acima do consenso de +0,13%, acumulando agora deflações de -1,31% no ano e de -1,11% em 12 meses.
Nos EUA, a produção industrial registrou elevação de +0,9% em outubro, ante +0,4% em setembro – melhor que a projeção de +0,5%. Já a taxa de utilização da capacidade industrial subiu para 77,0% em outubro, versus 76,4% em setembro, sendo o consenso de 76,3%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) recuou na sessão pós-feriado, acompanhando desvalorização da divisa frente as principais moedas de emergentes.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2790 (-0,91%), acumulando +0,03% na semana, +0,24% no mês, +0,83% no ano e -4,26% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos desceu a 180 pts, ante 184 pts da véspera (quarta-feira).
Juros.
Os juros futuros fecharam a sessão regular em baixa, derrubando como um todo a sua curva de estrutura a termo, com ajustes mais relevantes nas taxas de médio e longo prazos. A queda do dólar e a diminuição da aversão ao risco conduziram o recuo dos vértices.
Para a sexta-feira.
No Brasil: IPC FIPE- Semanal e Volume do setor de serviços IBGE; Nos EUA: Construção de casas novas, Licenças p/construção, Alvarás de construção e Atividade de fab. pelo Fed de Kansas City.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado nesta 5ª feira, 16.11.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, ambos da equipe do BB Investimentos.