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Internacional

11 de Dezembro de 2017 as 02:12:06



EDITORIAL Tumultos por todo Mundo Árabe, Trump se mexe para conter Impeachment


Em "Dia de Fúria", o Hamas pediu novo levante do povo palestino 
 
O quadro mundial é que a maioria dos países, inclusive o Brasil, considera Jerusalém Oriental um território ocupado; capturada e anexada que foi por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967, essa região que inclui a Cidade Velha e a sede de santuários judeus, muçulmanos e cristãos.
 
É nesse panorama  que Donald Trump, pressionado pela ultra direita evangélica do Partido Republicano dos EUA, reconheceu Jerusalém, na última 4ª feira, 07.12.2017, como capital de Israel, e comprometeu-se a deslocar para lá a embaixada norteamericana instalada em Tel Aviv, até então considerada capital israelense.
 
Parece claro, de um lado, que Trump abriu essa nova frente de conflito para desviar, com grande impacto, as atenções de sua desastrada retórica e escalada militar contra a Coreia do Norte, de que resultou, a partir do start dado pelo infeliz governo de George W. Bush e seus falcões do Pentágono, a ascenção da Coreia do Norte como potência militar nuclear plena.
 
Dificil nesse momento esquecer um messiânico Bush declarar, em 29.01.2002, em seu discurso do Estado da União perante o Congresso norteamericano, que Iraque, Irã e Coreia do Norte integram o que ele denominou "Eixo do Mal". Em seguida, em 20.03.2003 iniciou-se a invasão do Iraque, a deposição e morte de Saddan Hussein por enforcamento, movimento que fez acelerar as iniciativas do Irã e da Coreia do Norte para desenvolvimento de arsenal atômico para sua defesa contra o Império. 
 
A ocupação do Iraque durou 8 anos e 9 meses, até 18.12.2011. Nesse período, a Coreia do Norte conseguiu tornar-se potencia militar nuclear, o Irã ainda não. 
 
 
Jerusalém como capital de Israel, nova frente de atrito de Trump
 
Neste momento, em dois dias de tumultos, 5ª e 6ª feiras, 07 e 08.12.2017, milhares de palestinos protestaram em área próxima à fronteira de Gaza, contra o reconhecimeno de Jerusalém como capital de Israel pelo presidente Donald Trump, dos EUA, resultando em dezenas de feridos e morte de dois palestinos. 
 
Na Cisjordânia ocupada e em Gaza, mais de 80 palestinos feridos por disparos de munição letal e de balas de borracha por soldados de Israel. Muitos outros mais, vitimados por bombas de gás lacrimogêneo.
 
Por todo o mundo árabe e muçulmano, milhares de manifestantes expressaram solidariedade aos palestinos no dia que foi denominado "Dia de Fúria", e revolta por Trump ter revertido uma tradição de décadas da política externa norte-americana, consentânea com as decisões da ONU.
 
Em Jerusalém, terminadas as orações de 6ª feira na mesquita de Al Aqsa, fiéis seguiram para os muros da Cidade Velha bradando "Jerusalém é nossa, Jerusalém é nossa capital" e "Não precisamos de palavras vazias, precisamos de pedras e Kalashnikovs", referindo-se ao célebre fuzil russo AK-45.
 
Soldados israelenses dispararam gás lacrimogêneo contra dezenas de palestinos que lhes atiravam pedras nas cidades de Belém, Hebron e Nablus.
 
Em Gaza, integrantes do Hamas clamavam para que os fiéis protestassem contra Trump e EUA. O grupo islâmico Hamas pediu um novo levante palestino, tal como as intifadas de 1987-1993 e 2000-2005, e formulou a seguinte ameaça:
 
"Quem quer que transfira sua embaixada para Jerusalém ocupada se tornará inimigo dos palestinos e um alvo de facções palestinas",
 
Assim afirmou Fathy Hammad, líder do Hamas, enquanto manifestantes queimavam pôsteres de Trump em Gaza. 
 
"Declaramos uma intifada até a libertação de Jerusalém e de toda a Palestina". 
 
Parece bastante evidente que os EUA de Trump tornaram-se realmente fator de grave risco internacional de conflito bélico, inclusive nuclear. Ainda que o Departamento de Estado norteamericano e, em segundo plano, o Pentágono, pareceram ter assumido a dianteira e algum controle, no início da semana passada, na valorização do discurso diplomático de enaltecimento da ONU, no jogo de escaramuças com a Coreia do Norte, 'sossegando' Donald Trump, o presidente dos EUA parece ter voltado à carga, antes do fim de última semana, em um movimento aparentemente destinado a buscar alianças junto a ultra direita do Partido Republicano e fortalecer-se contra eventual movimento congressista pro-impeachment por conta de seu comprometimento pessoal na Trama Russa, a ruidosa participação e interferência da Rússia nas últimas eleições presidenciais norteamericanas.  


Fonte: da Redação, a partir de informações da Agência Brasil, da Reuters, da BBC Brasil e El Pais





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