Diário do Mercado na 2ª feira, 16.01.2018
Ibovespa inicia a semana em alta, mas com liquidez reduzida
Resumo.
Em um dia menos movimentado por conta do feriado de Martin Luther King nos EUA, o mercado acionário encontrou espaço para mais uma sessão positiva, embora com volume bastante aquém da média.
O dólar, que chegou a operar em queda por conta de melhores prognósticos quanto ao ímpeto da retomada econômica brasileira, reforçado pelo favorável dado do índice de atividade econômica de novembro, acabou encontrando suporte na casa dos R$ 3,20 e teve ligeira valorização.
No mercado externo, que também viveu uma sessão morna por conta da ausência do termômetro de Wall Street, as bolsas operaram em majoritária queda, refletindo tão somente noticiários corporativos.
Ibovespa.
A trajetória do índice foi dividida em dois momentos: um avanço inicial, onde os compradores tiraram proveito da ausência de liquidez trazida pelo feriado norte-americano, e uma posterior estabilidade, refletindo o noticiário morno da sessão. Telecom e TI pesaram negativamente no índice, enquanto os setores imobiliário, consumo e saúde foram responsáveis pela maior contribuição positiva.
O Ibovespa encerrou aos 79.752 pontos (+0,51%), acumulando +4,39% no ano e 25,18% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 9,710 bilhões, sendo R$ 4,690 bilhões no mercado à vista e outros R$ 4,628 bilhões relativos ao exercício de opções sobre ações.
Capitais Externos na Bolsa
Na 5ª feira, 11.01, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 357,695 milhões na bolsa – décima quarta sessão consecutiva com ingresso líquido de recursos. No ano, o saldo líquido de capital estrangeiro acumula entrada de R$ 3,326 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,49% em novembro ante outubro e registrou com isso o terceiro avanço mensal consecutivo, superando as estimativas do mercado que apontavam para +0,40%.
O índice, que é considerado como uma aproximação do PIB, deverá ensejar mudanças nas projeções do relatório Focus, tanto para 2017 (PIB a ser divulgado em 1º de março) quanto para 2018, já que no dado intra anual (novembro 2017 contra novembro de 2016) o avanço foi de 2,82%, o que reforça o otimismo quanto à retomada econômica.
Os principais indicadores capturados no Relatório Focus do Banco Central seguem evidenciando uma trajetória de retomada econômica. Ao passo que os dados de 2018 apresentaram predominante estabilidade, os números de 2019, revelados nas tabelas principais desta semana, denotam uma visão de normalização econômica, com retorno da inflação ao centro da meta, Selic acompanhando a dinâmica, e devolvendo o ambiente de juros reais ligeiramente mais generosos, finalizando com crescimento do PIB repetindo a performance esperada para 2018.
Câmbio e CDS.
Apesar de ter operado boa parte da sessão em queda, a moeda norte-americana avançou contra o real a partir do meio da tarde. Após chegar a R$ 3,19 no intradiário, os compradores compareceram em peso, revertendo a tendência da divisa e a levando à estabilidade.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2099 (-0,04%), acumulando -2,99% no ano e -0,12% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu a 145 pts ante 146 da véspera.
Juros.
Os juros futuros nos vértices curtos e médios encerraram em ligeira baixa, enquanto os longos mantiveram predominante estabilidade. A menor liquidez causada pelo feriado norte-americano vista nos demais mercados se estendeu para o mercado de juros.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 15.01.2018, elaborado por Wesley Bernabé, CNPI, e Rafael Reis, CNPI-P, ambos da equipe do BB Investimentos