Diário de Mercado na 3ª feira, 20.02.2018
Ibovespa bate novos recordes históricos, mesmo com baixa externa
Resumo.
O Ibovespa registrou novos recordes hoje, tanto de pontuação intradiária, como de fechamento, superando os números do último dia 21 de janeiro. Mesmo assim, o índice em dólar situa-se hoje em 26.328 pts, tendo espaço ainda para atingir seu recente pico, em 27.256 pts no último dia 26 de janeiro.
Em dia de agenda esvaziada, o otimismo com a retomada da economia brasileira, com possível nova redução de juros, inflação baixa e controlada e perspectiva de novos investimentos e melhores resultados de empresas, permeou o comportamento dos investidores neste pregão - com provável ingresso de capital externo.
Também, ajudou no melhor humor dos investidores a persistência do governo em tentar privatizar ainda este ano a Eletrobras – cujos papéis foram as maiores altas individuais na sessão. Destaque ponderadamente para o setor de bancos como maior contribuidor, depois, o setor de papel e celulose, com a continuação de rumores sobre fusão entre Fibria e Suzano, e ainda a Petrobras.
Mais uma vez, vale lembrar que as bolsas na China ficarão fechadas até o próximo dia 21, em razão do feriado do “ano novo chinês” – que foi no último dia 16, entrando a partir daí no chamado “ano do cachorro”.
Ibovespa.
O índice abriu em baixa, com os agentes digerindo declarações de políticos que a reforma da previdência não deverá sair antes das eleições presidenciais de outubro deste ano.
Todavia, a confiança do mercado sobre o avanço econômico doméstico, corroborada pelo IBC-Br do Banco Central, divulgado ontem, quando as bolsas de Nova York estavam fechadas, impulsionou o índice brasileiro, a despeito das baixas externas.
O Ibovespa, que chegou a subir 1,77%, atingindo o recorde de 86.290 pts pouco antes do meio da tarde, arrefeceu moderadamente, encerrando aos 82.803 pts (+1,19%), acumulando +1,51% na semana, +1,05% no mês, +12,31% no ano e +25,20% em 12 meses.
O robusto volume preliminar da Bovespa foi de R$ 12,237 bilhões, sendo R$ 11,737 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
No último dado disponível, na 5ª feira, 16.02, ocorreu ingresso líquido de R$ 614,798 milhões da bolsa, reduzindo o saldo negativo em fevereiro para R$ 4,102 bilhões. Em 2018, a Bovespa acumula entrada líquida de R$ 5,446 bilhões.
Agenda Econômica.
Na Alemanha, a pesquisa ZEW de expectativas cedeu a 17,8 em fevereiro, após ter alcançado 20,4 em janeiro, mas, veio acima do consenso de 16,0.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) avançou no dia seguindo sua tendência no mercado internacional de moedas e permanece3 flutuando no intervalo entre R$ 3,25 e R$ 3,30, basicamente.
A divisa terminou cotada a R$ 3,2590 (+0,77%), acumulando em dia morno por causa dos feriados externos, R$ 3,2340 (+0,28%), acumulando +1,05% na semana, +2,13% no mês, -1,69% no ano e +5,54% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu a 156 pts, versus 152 pts da véspera.
Juros.
Repetidamente, os agentes prosseguem gradualmente elevando suas apostas em novo corte da taxa Selic, em 25 pts-base, para 6,50% a.a., na decisão do Copom em 21 de março próximo, além de otimismo maior com a economia brasileira hoje.
Deste modo, a curva da estrutura a termo da taxa de juros recuou como um todo, mas, se sobressaíram na baixa, os contratos de DIs de curto e médio prazos.
Para a semana:
Brasil: Confiança industrial CNI, IPC-FIPE, Custos de construção FGV, Confiança do Consumidor e IPCA-15; EUA: PMI Manufatura, Vendas de casas já existentes, ata do FOMC e Índice antecedente;
Alemanha: PMI Manufatura; França: PMI Manufatura e IPC;
Reino Unido: Taxa de desemprego e PIB;
Zona do Euro: PMI Manufatura:
Japão: PMI Manufatura.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 22.02.2018, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e WESLEY BERNABÉ, CNPI, integrantes da equipe do BB Investimentos
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