Diário de Mercado - 19.04.2018
Bolsa encerra “de lado”, descolando-se das baixas em Nova York
Resumo.
Após dois firmes avanços, o Ibovespa encerrou “de lado”, resistindo ao impacto negativo advindo do exterior e da realização de papéis do setor financeiro. A elevação dos preços das commodities no mercado internacional colaborou para a recuperação de perdas durante o dia – a bolsa chegou a recuar -0,7% - conduzindo o índice à estabilidade.
Já as bolsas de Nova York recuaram, depois de um início de semana positivo. Por lá, balanços aquém do esperado e uma crescente apreensão sobre um possível movimento de aceleração da inflação norte-americana derrubaram as bolsas. Sendo o último relacionado também ao avanço dos preços das commodities.
No mercado de câmbio, o dólar tornou a apreciar após seguidas quedas. A estrutura da curva de juros futuros acompanhou a divisa norte-americana com ajustes de alta.
Ibovespa.
O índice doméstico desenhou trajetória errática na sessão desta quinta-feira, operando durante a maior parte do tempo com perdas, acompanhando a tendência do índice S&P500, mas, com deslocamento superior sempre, terminando “de lado” nos instantes finais do pregão.
Pela manhã, o Ibovespa registrou a máxima, avançando +0,33%, acima dos 86 mil pts. Já no meio da tarde chegou a recuar -0,68%, aos 85.197 pts. Entre os destaques, Vale e Petrobras seguiram valorizando com o bom momento para as commodites no exterior. BRF e Usiminas também acumularam ganhos, liderando na ponta positiva. Por outro lado, Kroton, Cielo e B3 recuaram entre os papéis de maior peso.
O índice encerrou aos 85.824 pts (+0,06%), acumulando +1,77% na semana, +0,54% no mês, 12,33% no ano e 35,36% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa, turbinado pelo vencimento de índice futuro foi de R$ 10,421 bilhões, sendo R$ 10,719 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 3ª feira, 17.04, último dado disponível, houve ingresso líquido de capital estrangeiro de R$ 157,276 milhões na bolsa, elevando os saldos do mês e do ano para R$ 1,078 bilhão e R$ 1,120 bilhão, respectivamente.
Agenda Econômica.
Nos EUA, o indicador conhecido por índice antecedente do Conference Board, que compila diversos outros sinalizadores de tendência econômica, registrou alta de +0,3% em março, ante avanço de +0,7% em fevereiro – em linha com o consenso.
Câmbio e CDS.
Internamente, o dólar operou em campo positivo ao longo de todo o pregão, acompanhando o comportamento da divisa norte-americana no mercado internacional. Na parte da tarde, foi perdendo força e o real diminuiu sua desvalorização.
A moeda encerrou cotada a R$ 3,3900 (+0,30%) acumulando -1,05% na semana, 2,63% no mês, 2,26% no ano e 7,76% nos últimos 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu a 167 pts ante 166 pts de ontem.
Juros.
Excetuando o curtíssimo prazo – que ficou “de lado”, os demais vencimentos subiram, com a curva da estrutura a termo da taxa de juros tendo pequena elevação como um todo, em uma sessão de ajuste técnico pelos investidores, aguardando notícias novas.
Para a sexta-feira.
Destaque absoluto para agenda doméstica, com o anúncio do IPCA-15 – com possibilidades ainda para as divulgações do Caged (criação de empregos formais) e da arrecadação de impostos no Brasil.
Confira no anexo a integra do relatório sobre o comportamento do mercado na 5ª feira, 20.04.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPIM e HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, ambos integrantes do BB Investimento
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