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Investimentos

24 de Setembro de 2018 as 22:09:16



O MERCADO 2ª feira: Guerra Comercial EUAxChina pressiona negócios: Ibovesca cai -1,84%.; Dólar sobre a R$ 4,087


Diário de Mercado na 2ª feira, 24.09.2018
 
Guerra comercial EUA x China pressiona negócios
 
Comentário.
 
Os ativos domésticos viveram uma sessão de revés na 2ª feira, tendo com direcionador principal mais um capítulo da guerra comercial EUA x China, que manteve os investidores globais em postura defensiva. Internamente, ainda exerceram pressão as incertezas no âmbito eleitoral.
 
No front cambial, a aversão ao risco mais elevada vinda do exterior impulsionou o dólar ante moedas de economias emergentes e o mesmo sentimento foi compartilhado pelo mercados de juros futuros, cujas taxas que avançaram como um todo em relação à sexta-feira passada.  
 
Ibovespa.
 
O incremento da aversão ao risco oriundo da disputa comercial EUA x China deflagrou o desmonte de posições em renda variável mundo afora, não sendo diferente na bolsa brasileira. No aguardo ainda de nova pesquisa eleitoral capaz clarear o nebuloso cenário para outubro, os investidores realizaram lucros de maneira moderada.
 
Influenciado de maneira negativa principalmente por empresas do setor financeiro, e tendo como contraponto no azul a Ultrapar, o Ibovespa encerrou aos 77.984 pts (-1,84%), acumulando +1,70% no mês,+2,07% no ano e 3,44% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 7,57 bilhões, sendo cerca de R$ 7,19 bilhões no mercado à vista.
 
Capitais Externos na Bolsa
 
No dia 20 (último dado disponível), houve ingresso líquido de R$ 334,787 milhões em capital estrangeiro na bolsa, elevando o saldo acumulado em setembro para R$ 670,225 milhões. No ano, há evasão líquida de R$ 2,318 bilhões.  
 
Agenda Econômica.
 
No Brasil, o índice de confiança (ICC) recuou 1,7 ponto em setembro, para 83,8, versus 82,1 pontos em agosto, na série com ajuste sazonal. Na decomposição do indicador, o dado evidencia discrepância entre os dois componentes principais: ao passo que o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,9 pontos (para 72,3), o Índice de Expectativas (IE) recuou 3,3 pontos (para 89,7) – o menor nível desde fevereiro de 2017.
 
Na análise segundo faixas de renda, verificou-se um recuo na confiança das famílias de menor poder aquisitivo: aquelas de renda mensal até R$ 2.100,00 foram responsáveis por um recuo de 3,9 pontos, ao passo que aquelas entre R$ 2.100,00 e R$ 4.500,00 contribuíram com queda de 1,8 ponto.   
 
Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 10,607 bilhões em agosto, segundo o Bacen, superando a expectativa dos analistas, cuja mediana das projeções apontava para US$ 9,50 bilhões. no acumulado do ano até agosto, o volume de recursos ao setor produtivo atingiu US$ 44,379 bilhões – o Bacen estima para 2018 US$ 70 bilhões – enquanto o acumulado dos útlimos 12 meses chegou a US$ 69,632, ou 3,61% do PIB. 
 
Câmbio e CDS.
 
O pessimismo quanto à relação comercial entre os EUA e a China, que na sessão da segunda-feira ganhou um componente extra, foi a principal influência na dinâmica cambial.
 
O dólar se valorizou ante demais pares de economias emergentes, tendo no Brasil ainda a incerteza eleitoral como pano de fundo a catalisar o movimento.
 
A divisa norte-americana fechou cotada a R$ 4,0870 (+0,91%), acumulando +0,54% no mês, +23,29% no ano e 30,70% em 12 meses.
 
Risco País
 
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos subiu a 269 pts, versus 266 pts da véspera.
 
Juros.
 
Os juros futuros fecharam a sessão com moderado avanço ao longo de toda sua curva de estrutura a termo, refletindo especialmente o avanço do dólar – este por conta do cenário externo – e ainda a maior cautela diante de novas pesquisas eleitorais e seus possíveis desdobramentos.  
 
Para a semana.
 
No Brasil, destacam-se, ata do Copom (3ª feira), dados do mercado de crédito (quarta-feira), RTI do Bacen e IGP-M (5ª feira), resultado primário e nominal do setor público consolidado e taxa de desemprego (6ª feira).
 
Externamente, nos EUA, destaque para decisão de juros pelo Fomc (quarta-feira), a terceira prévia do PIB, consumo pessoal e pedidos de bens duráveis (quinta-feira) e núcleo do PCE (6ª feira), dia que também contém o PIB do Reino Unido.  
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 2ª feira, 24.09.2018, preparado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos





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