Diário de Mercado na 5ª feira, 03.01.2019
Ibovespa tem novo avanço na contramão dos mercados externos
Comentário.
As bolsas internacionais registraram firmes quedas nesta 5ª feira, 03.01, em meio aos temores em relação à desaceleração da atividade global. Não obstante, na esteira do primeiro pregão do ano (02), após operar em baixa na maior parte da sessão, o Ibovespa avançou (0,61%) renovando os recordes de pontuação tanto intradiária como de fechamento, alicerçado no otimismo dos investidores com um possível ritmo mais acentuado de crescimento da economia em 2019.
O dólar também seguiu em queda, fechando cotado a R$ 3,75 (-1,23%), acompanhando enfraquecimento global da divisa na presente sessão. Já a curva de juros teve, majoritariamente, movimentações marginais.
Ibovespa.
O índice navegou em terreno de baixa na maior parte da sessão, recuperando-se nos minutos finais apoiado em blue chips como Itaú, Bradesco e Petrobras que encerraram em suas máximas. Na ponta oposta, Vale e Suzano registraram firmes quedas.
O Ibovespa fechou aos 91.564 pts (+0,61%), acumulando alta de 4,18% no mês e no ano e de 17,40% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 20,0 bilhões, sendo R$ 19,5 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 28 de dezembro (último dado disponível), houve entrada líquida de capital estrangeiro em R$ 122 milhões, o mês de dezembro se encerrou com saldo negativo de R$ 2,0 bilhões. Já 2018 registrou déficit de R$ 11,5 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, as vendas de veículos novos subiram pelo segundo ano consecutivo em 2018, segundo dados da Fenabrave. No ano passado as vendas tiveram incremento de 14,6% em relação à 2017.
No mês de dezembro, o setor privado dos EUA criou 271 mil novos empregos, segundo dados do ADP. Resultado ficou acima das expectativas, que previam a criação de 180 mil novos empregos, ficando acima do registrado no mês de novembro de 157 mil.
Câmbio e CDS.
Persistiu no mercado de câmbio a fraqueza do dólar no exterior e domesticamente, bem como o otimismo por parte dos agentes com o novo governo.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,7570 (-1,24%), acumulando recuo de 3,05% no mês e alta de 16,76% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos recuou a 203 pontos ante 206 pontos da última sessão.
Juros.
Os contratos de longo e médio prazos encerraram a sessão regular com viés de baixa, puxados pela queda do dólar. Já os juros da seção curta permaneceram praticamente estáveis ou com viés de alta, após a queda acentuada da véspera.
Para sexta-feira.
No Brasil: IPC (FIPE).
EUA: Payroll.
Confira no anexo a íntegra do relatóriod e análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 03.01.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos
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