Diário do Mercado na 2ª feira, 07.01.2019
Ativos domésticos têm realização após rali
Comentário.
Em dia positivo no exterior, os ativos domésticos andaram na contramão, com o Ibovespa recuando (-0,15%), já dólar e juros avançaram, interrompendo o rali de alta do início do ano – o principal índice doméstico acumulou alta de 4,5% na primeira semana de 2019.
Na ausência de novidades domésticas, os investidores aproveitaram para realizar lucros, ao passo que remontaram carteiras lá fora ante o discurso considerado dovish, mais brando, de J. Powell (Fed) na última sexta-feira.
Contribuíram também para a disposição ao risco externo a alta do petróleo e o prosseguimento das negociações entre China e EUA.
Ibovespa.
O índice apresentou trajetória errática, chegando a superar os 92 mil pts na máxima do pregão, mas encerrou com ligeiro recuo de 0,15%. Petrobras e Embraer lideraram as altas da sessão.
A divulgação de notícias sobre a cessão onerosa catapultaram as ações da petroleira, fechando, todavia, distante das máximas. Na outra ponta, Eletrobrás e Suzano registraram firmes quedas.
O Ibovespa fechou aos 91.699 pts (-0,15%), acumulando alta de 4,34% no mês e no ano e de 15,97% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 14,6 bilhões, sendo R$ 14,0 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Blsa
No dia 03 de janeiro (último dado disponível), houve robusta saída líquida de capital estrangeiro em R$ 2,3 bilhões, o mês de janeiro acumula saldo negativo de R$ 2,2 bilhões.
Agenda Econômica.
A Balança comercial brasileira semanal registrou superávit de US$ 1,887 bilhão, resultado de US$ 1,973 bilhão em importações e US$ 3,860 bilhões em exportações.
Câmbio e CDS.
A divisa norte americana operou em queda pela manhã, mas houve reversão durante a sessão e a moeda encerrou em alta. O real fechou entre os piores desempenhos em uma cesta com as principais moedas globais.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,7340 (+0,43%), acumulando recuo de 3,64% no mês e alta de 15,53% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos recuou a 187 pontos ante 196 pontos da última sessão.
Juros.
Acompanhando o movimento do dólar, os juros encerraram a sessão regular em alta. O DI para janeiro de 2021 fechou em 6,58% ante 6,52% do último ajuste. O DI para janeiro de 2022 encerrou na máxima do dia em 7,40%, ante 7,27% de sexta-feira. O DI para janeiro de 2023 ficou em 8,47% frente 8,40% da última sessão.
Para a semana.
No Brasil: IGP-DI FGV, IPC-S FGV, Produção industrial, Vendas de veículos Anfavea, Produção de veículos Anfavea, Exportações de veículos Anfavea e IPCA. EUA: Ata Fomc, IPC e Pedidos de bens duráveis. Alemanha e França: Produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 07.01.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI. e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos