Diário do Mercado na 5ª feira, 14.02.2019
Ibovespa acelera ganhos com previdência
Comentário.
A sessão se mostrava morna, em compasso de espera com o fim da reunião entre representantes do alto escalão do governo sobre a reforma da Previdência.
A partir do meio da tarde o Ibovespa passou a registrar ganhos modestos, multiplicados após o Secretário da Previdência dar novos detalhes sobre o projeto final, já avalizado pelo Presidente e que deve chegar ao congresso no próximo dia 20.
Deste modo, mesmo com predominância de perdas nos mercados acionários no exterior, o Ibovespa fechou com forte alta de 2,27%, aos 98 mil pts. Na mesma esteira, o dólar passou a bater mínimas após o anúncio e encerrou cotado a R$ 3,7190 (-0,91%).
Já a curva de juros futuros devolveu prêmios por toda sua estrutura, notadamente nos vencimentos de médio e longo prazo, reflexo da expectativa de alívio da crise fiscal pela qual passa o País com o avanço do projeto da reforma da Previdência.
Ibovespa.
O índice operou por boa parte da manhã em queda, puxada também pelas ações do setor de varejo que ainda refletiam os dados negativos das vendas divulgados na véspera.
Porém, durante a tarde, a bolsa reverteu a queda influenciada pela divulgação de notícias acerca do novo texto da reforma da previdência, passando a acelerar ganhos após o anúncio do secretário da Previdência com detalhes do projeto.
O setor financeiro puxou a alta do índice, com destaque para a alta do Banco do Brasil, reverberando o resultado do 4T18. Apenas 5 dos 65 papéis do índice fecharam em baixa.
O Ibovespa encerrou aos 98.015 pts (+2,27%), acumulando alta de 0,64% no mês, 11,52% no ano e 17,32% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 17,7 bilhões, sendo R$ 16,8 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 12 de fevereiro (último dado disponível), houve um ingresso líquido de capital estrangeiro de R$ 333,2 bilhões, aumentando o saldo positivo do ano para R$ 708 milhões.
Agenda Econômica.
A pesquisa mensal de Serviços, do IBGE, mostrou que, em dezembro, o volume de serviços avançou 0,2% na comparação com o mês anterior (série com ajuste sazonal) – melhor que o consenso (-0,5%). No acumulado de 2018, no entanto, houve retração de 0,1% em relação a 2017.
Os destaques positivos no ano foram Serviços de TI e Transporte Aéreo com altas de 6,7% e 4,2%, respectivamente. Os Serviços Audiovisuais pesaram negativamente, com queda de 4,6%.
Na China, os dados da Balança Comercial de janeiro vieram com um resultado acima das expectativas do mercado. O superávit comercial no mês atingiu US$ 39,1 bilhões com as exportações avançando 9,1% em relação a dezembro. Nos EUA, as vendas do varejo em dezembro decepcionaram, com o recuo de 1,8% em relação ao mês anterior (série com ajuste sazonal).
Câmbio e CDS.
O dólar comercial interbancário fechou o pregão com um recuo de 0,91% frente ao real, cotado a R$3,7190, praticamente na mínima do dia. Dentre as principais divisas globais, o real obteve o melhor desempenho. Na semana, o dólar acumulou variação negativa de 0,24%, no mês, a alta é de 1,67%, já no ano, há uma desvalorização de 4,03% e em 12 meses a alta é de 15,5%.
Risco País
O CDS do Brasil de 5 anos caiu a 168 pontos, contra 171 pontos da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram mais um dia em baixa na sessão regular. O movimento foi influenciado pela expectativa, por parte do mercado, quanto à possível divulgação de alguns pontos da reforma da previdência que deverá ser encaminhada ao congresso.
Para sexta-feira.
No Brasil, a agenda inclui a divulgação do IGP-10, além dos dados sobre atividade econômica (IBC-Br) e arrecadação de impostos. No exterior, a expectativa é pela divulgação da produção industrial dos EUA e do Japão.
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Clientes podem ser cadastrados.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 14.02.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RICHARDI FERREIRA, CNPI, ambos integrantes do BB Investimentos.