Diário do Mercado na 2ª feira, 18.03.2019
Ibovespa em recorde toca inolvidável marca de 100 mil pontos
Comentário.
O Ibovespa testou às 14:44h a chamada “barreira psicológica” dos 100 mil pts. O melhor humor dos investidores prosseguiu hoje, dia de vencimento de opções sobre ações. No momento, a visão doméstica dos agentes indica otimismo com o desenrolar do trâmite da reforma das previdência.
Nesta semana, haverá decisão do Copom (Banco Central) em relação à taxa Selic – o consenso de mercado sinaliza manutenção no atual piso histórico de 6,50% a.a. (neste nível desde a reunião de 21 de março de 2018).
Vale ressaltar que parte do mercado enxerga possibilidade futura de redução da taxa, com uma percepção de menor dinamismo econômico interno neste início de ano, mas que também dependerá de um cenário externo mais brando, destacadamente no que se refere à elevação de juros nos EUA.
Na próxima 4ª feira, 20.03, o FED também irá decidir sobre política monetária, com o senso comum dos agentes que o atual patamar de juros permaneça inalterado no intervalo entre 2,25% e 2,50%. O mercado irá monitorar o comunicado que será divulgado após o encontro, visto que o próprio órgão já citou um crescimento mais moderado neste 1º trimestre, respaldado também nos recentes dados econômicos que já foram veiculados.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,7910 (-0,76%), em movimento inverso ao mercado de risco (renda variável). A curva da estrutura a termo da taxa de juros recuou como um todo com as baixas das taxas de juros futuros, seguindo o comportamento do câmbio.
Ibovespa.
O índice principiou ascendente e manteve a trajetória positiva ao longo de todo o pregão, testando em dois movimentos os 100 mil pts. A primeira vez às 14:44h, em 100.027 pts, e a segunda às 14:50h em 100.037 pts – que também foi a nova máxima histórica de pontuação.
A partir dai, arrefeceu um pouco a sua dinâmica, mas, operou deslocado positivamente durante toda a tarde do índice SP500 (Wall Street). No dia final de exercício de opções sobre ações, os carros-chefes deste mercado performaram inversamente: a Petrobras subiu e ajudou a levantar o índice, enquanto a Vale encerrou em baixa.
O Ibovespa fechou aos 99.993 pts (+0,86%), acumulando, +4,61% no mês, +13,78% no ano e +17,80% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 26,939 bilhões, incluindo R$ 12,506 bilhões do exercício de opções, sendo R$ 14,046 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 14 de março (último dado disponível), houve entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 192,126 milhões, com o saldo positivo em R$ 497,607 milhões em março. O saldo negativo acumulado no ano cedeu a R$ 597,225 milhões
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana encerrou em queda frente ao real, com o melhor humor interno e invertido em relação ao movimento de alta do Ibovespa.
O dólar comercial (interbancário) encerrou cotado a R$ 3,7910 (-0,76%), acumulando variações de +1,01% no mês, -2,17% no ano e +15,69% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil cedeu para 153 pts, ante 156 pts de sexta-feira passada.
Juros.
Os juros encerraram a sessão regular desta segunda-feira em queda, puxados pela desvalorização do dólar frente ao real aliado ao bom humor doméstico.
O DI para janeiro de 2020 encerrou em 6,35% versus 6,38% anterior. O DI para janeiro de 2021 fechou em 6,92% contra 6,96% antes. O DI para janeiro de 2023 caiu a 8,00%frente a 8,06% de sexta-feira. O DI para janeiro de 2027 passou de 8,88% contra 8,91% da sessão anterior.
Agenda Econômica.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) mensurado pelo Banco Central, apresentou variação de -0,41% em janeiro em relação a dezembro de 2018 (+0,21%). Na comparação ante janeiro do ano passado, o indicador registrou elevação de +0,79% e passou a acumular +1,00% em 12 meses.
Para a semana
Brasil: IPC FIPE, Inflação IGP-M 2a prévia, COPOM – decisão da Taxa Selic, Confiança industrial CNI, Coleta de impostos e Criação de empregos formais.
EUA: Pedidos de bens duráveis, FOMC - Decisão da taxa de juros, Índice antecedente, PMI Manufatura e Vendas de casas já existentes.
Europa: BoE (Bank of England) Taxa do Banco da Inglaterra (Reino Unido) e PMI Manufatura (Alemanha, França e zona do euro).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 18.03.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, do BB Investimentos
Artigos sobre Franchising e Mercados, Economia, Finanças e Gestão
Artículos en espanhol
Articles en français
Articles in English
Colunistas
Artes, Cultura e Variedades
Feiras e Eventos
Responsabilidade Sócio-Ambiental
Economia e Finanças
Política
Internacional
Meio Ambiente
Empresas Fornecedoras
