Diário de Mercado na 5ª feira, 18.07.2019
Expectativas com queda do juro nos EUA favorecem mercado doméstico
Comentário.
Em dia de agenda fraca, os agentes repercutiram positivamente o anúncio da liberação de parte do FTGS, mas, após as declarações de dois dirigentes do Federal Reserve, os mercados domésticos configuraram um comportamento mais otimista, com alta da Bolsa, queda do dólar e ligeiro recuo nos juros.
Mesmo entre questões geopolíticas envolvendo EUA, China e Irã, o sentimento de aversão a risco se abrandou globalmente, impulsionando Bolsas e desvalorizando o dólar frente as principais moedas.
Por volta das 15h, os ativos reagiram positivamente aos discursos, em tom expansionista, dos dirigentes do Fed, John Williams e Richard Clarida, que têm direito a voto na reunião de política monetária (Fomc).
Ibovespa.
O índice abriu em alta, seguindo expectativas positivas com os setores de consumo, bancos e imobiliário, mas com certa volatilidade. Após as 15h, o Ibovespa rompeu um padrão de dúvida no gráfico intradiário e configurou um movimento de alta mais consistente. Por outro lado, a queda dos preços do minério de ferro e do petróleo pressionaram os preços de Vale e Petrobras.
O Ibovespa encerrou em 104.717 pts (+0,83%), acumulando alta de 3,71% em julho, 19,15% no ano e de 35,36% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 14,2 bilhões, sendo R$ 13,8 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 16 de julho (último dado disponível), houve retirada líquida de capital estrangeiro em R$ 759,3 milhões da Bolsa. No mês de julho e no ano, os saldos estão negativos em R$ 1,71 bilhão e R$ 5,6 bilhões, respectivamente.
Câmbio e CDS.
O dólar renovou mais um dia de queda, acentuando o recuo após as 15h, seguindo os discursos de dirigentes do Fed.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,7290 (-0,82%), acumulando -2,89% em julho, -3,77% no ano e -2,99% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil reduziu-se levemente, de 130 pontos da véspera para 129 pontos.
Juros.
Os juros futuros DI continuaram com baixa liquidez e oscilaram marginalmente ao longo do dia, fechando em discreta baixa em praticamente todos os contratos.
Em relação à sessão anterior, assim findaram: DI janeiro/2021 em 5,53%, de 5,58%; DI janeiro/2023 em 6,35%, de 6,38%; DI janeiro/2025 em 6,93%, de 6,96%.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-M registrou alta de 0,53% na segunda prévia de julho, acima da expectativa do mercado, acumulando 6,15% no ano e 8,04% em 12 meses. Entre os seus componentes, o indicador de preços no atacado (IPA-M) se elevou 0,62% e o indicador de varejo (IPC-M) subiu 0,10%.
O índice de Confiança do Empresário Industrial da CNI apresentou alta de 0,5 ponto em julho, atingindo 57,4 pontos.
Nos EUA, o índice de atividade do Fed de Filadélfia apresentou alta de 21,8, em nível muito superior às estimativas do mercado, em 5.
Para a semana.
Brasil: Arrecadação de impostos e Caged;
EUA: Confiança do consumidor – Univ. Michigan;
Japão: IPC.
Confira no anexo a íntegea do relatório de análsie do comportamento do mercado na 5ª feira, 18.07.2019, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P, e RICARDO VIEITES, CNPI, ambos integrantes do BB Investimentos.
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