Diário de Mercado e Guia de Ações - 22 de junho de 2020
Ibovespa recua, se descolando negativamente de Nova York
Comentário.
O índice brasileiro apresentou trajetória baixista na sessão, em dia de agenda econômica esvaziada tanto no Brasil, como no exterior. Internamente, a cautela dos agentes esteve vinculada a agenda da semana, com destaque para a ata do Copom nesta terça-feira, além do IPCA-15 e o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do Banco Central na próxima quinta-feira. Entretanto, vale ressaltar que o volume financeiro da baixa no dia foi inferior à média recente da semana anterior.
Externamente, nos EUA, os agentes mantiveram o otimismo com a perspectiva favorável de reabertura econômica local em conjunto com a expectativa de mais estímulos pelo governo norte-americano, visando reativar a sua economia o mais breve possível, que se sobressaíram ante os temores de uma segunda onda do coronavírus.
Neste panorama, o índice de tecnologia Nasdaq tornou a encerrar em recorde histórico e o S&P500 e o Dow Jones também fecharam em alta. Os preços futuros para agosto dos barris de petróleo findaram com elevações: o tipo Brent em US$ 43,08 (+2,11%) e o tipo WTI em US$ 40,73 (2,26%).
O dólar comercial recuou mais firmemente pela manhã e recuperou terreno na parte da tarde, encerrando a R$ 5,2710 (-0,87%). Os juros futuros denotaram pequenos ajustes para cima, levantando como um todo sua curva de estrutura a termo como um todo.
Ibovespa.
O índice cedeu pouco depois de meia hora de negócios e a baixa se acentuou após às 14:30h em direção ao fechamento. Os papéis do setor de bancos pesaram sobre o índice, depois a Petrobras.
O Ibovespa encerou aos 95.335 pts (-1,28%), acumulando +9,08% no mês, -17,56% ano e -6,54% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 23,2 bilhões, sendo R$ 21,0 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 18 de junho, a Bovespa registrou retirada de R$ 196,876 milhões, acumulando R$ 2,739 bilhões no mês. Em 2020, o saldo negativo está em -R$ 74,108 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Câmbio e CDS.
O dólar operou em campo negativo ao longo de todo o pregão, decaindo após sua abertura, mas reagindo parcialmente na parte da tarde. A movimentação no dia esteve vinculada ao comportamento do mercado internacional de moedas, no qual as divisas de economias emergentes cederam.
A moeda fechou cotada a R$ 5,2710 (-0,87%), acumulando -1,26% no mês, +31,38% no ano e +37,84% em 12 meses.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) passou a 261 pts ante 263 pts da sexta-feira.
Juros.
Os juros futuros denotaram leves ajustes para cima, com destaque para ponta longa. A cautela dos investidores predominou na véspera da divulgação da ata do Copom, da decisão da quarta-feira passada, dia em que o comitê cortou 75 pts-base da taxa básica de juros (Selic), para seu novo piso histórico de 2,25% a.a. Assim fecharam as taxas em relação a ontem:
DI julho/2020 em 2,15%;
DI outubro/2020 em 2,08% de 2,07%;
DI janeiro/2021 em 2,04% de 2,02%;
DI janeiro/2022 em 3,03% de 3,01%;
DI janeiro/2023 em 4,18% de 4,14%;
DI janeiro/2025 em 5,91% de 5,82%;
DI janeiro/2027 em 6,90% de 6,80%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 22.06.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos.
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