Diário do Mercado na 3ª feira, 14.07.2020
Bolsa se recupera e sobe 1,77% seguindo o movimento nos EUA
Comentário.
O temor em relação ao avanço dos casos de coronavírus nos EUA e a decepção com os números da produção industrial da zona do euro, que vieram abaixo do esperado, fizeram com que as bolsas europeias fechassem majoritariamente em baixa hoje.
Nos EUA, por outro lado, enquanto os investidores estavam atentos à divulgação dos balanços corporativos, a alta do preço do petróleo, com a notícia de que a Opep+ teria cortado a produção em um nível além do estabelecido em acordo, animou as bolsas de Nova Iorque que acabaram o dia fechando em alta, puxadas pelas empresas do setor de energia.
Os mercados no Brasil acompanharam o movimento das bolsas americanas, com o Ibovespa voltando para o patamar acima dos 100 mil pontos. Por aqui, também ajudaram na alta do índice as perspectivas em relação à retomada do debate sobre a reforma tributária na Câmara além, é claro, dos dados positivos da atividade econômica divulgados pelo BC.
Após apresentar forte retração no mês de abril, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,31% em maio, na série com ajuste sazonal, sinalizando uma recuperação da economia brasileira após o forte impacto da pandemia.
No mercado cambial, após operar boa parte do dia em alta, o dólar encerrou a sessão em queda frente ao real. Os juros futuros encerraram mais uma sessão perto da estabilidade com uma ligeira alta nos vencimentos mais longos.
Ibovespa
Mais uma vez acompanhando o movimento no exterior, o índice ganhou tração ao longo do dia chegando a atingir a máxima de 100.632 pontos (+1,96%) já próximo do fechamento.
A bolsa encerrou o dia bem próximo da máxima aos 100.430 pontos (+1,77%). Entre as maiores altas do índice, o destaque foi o desempenho das ações da Vale (VALE3) que subiram 7,03%. Já pelo lado das mínimas, as ações da Cemig (CMIG3) tiveram o pior desempenho registrando uma queda de 2,23%. O giro financeiro preliminar da Bolsa foi de R$ 27,6 bilhões, sendo R$ 24,6 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 10 de julho (dado mais recente), os investidores estrangeiros retiraram R$ 274,706 milhões da B3, aumentando o saldo negativo do mês para R$ 4,405 bilhões. No acumulado de 2020, os investidores já retiraram R$ 80,909 bilhões.
Câmbio e CDS.
Após operar boa parte do dia em alta, o dólar cedeu frente ao real seguindo o movimento de baixa da moeda americana no exterior. No mercado doméstico, o dólar fechou a sessão cotado a 5,3414 (-0,66%).
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) subiu a 242 pontos contra 240 registrados no dia anterior.
Juros.
Os juros futuros fecharam novamente próximos da estabilidade com um viés de alta nos vencimentos mais longos. Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior: DI outubro/2020 se manteve em 2,07%;
DI janeiro/2021 caiu de 2,07% para 2,06%;
DI janeiro/2022 caiu de 3,03% para 3,01%;
DI janeiro/2023 caiu de 4,11% para 4,09%;
DI janeiro/2025 subiu de 5,57% para 5,58%;
DI janeiro/2027 subiu de 6,39% para 6,42%.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado preparado por RICHARDI FERREIRA, CNPI, e HENRIQUE TOMAZ, CFA, integrantes do BB Investimentos
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