Conexão Mercado – Agora, às 13h30, em 15.10.2020
Externo: Mercados operam em movimento de aversão ao risco.
Roger Marçal – Gerente
Mirela de Castro Rampini
Adriana dos Santos Lima
do BB DIMEC Cenário Financeiros
► Os investidores seguem temerosos com ao retorno de casos de coronavirus na Europa, onde várias medidas restritivas de locomoção estão sendo tomadas; o fim do prazo para um acordo do Brexit e a continuidade do impasse no pacote de ajuda fiscal americano.
► Nos EUA, a divulgação dos indicadores novos pedidos semanais de seguro desemprego, que cravou 898 mil, esperado 830 mil, e o índice de atividade industrial Empire State, que caiu a 10,5 em outubro (previsão 12,3), também, contribuíram para o sentimento de cautela.
► Sobre o pacote fiscal, o secretário do Tesouro, Mnuchin disse que será difícil chegar a um acordo com os democratas, mas garantiu que o governo não vai desistir das negociações, além de apoiar uma ajuda ao setor da aviação. Já Trump disse que está disposto a aumentar o valor do pacote fiscal para um valor superior ao de US$ 1,8 trilhão, proposto anteriormente, no entanto essa informação não afetou o mercado.
► Em relação aos balanços corporativos, o Morgan Stanley divulgou um lucro por ação de US$ 1,66, excedendo a estimativa de US$ 1,28 dos analistas.
► Bolsas: Bolsas globais operam em queda diante das incertezas que pairam sobre o cenário global. Além disso, contribui para o sentimento de cautela a informação de que a França e a Holanda estão endossando um plano para a UE de restringir o poder das Big Tech.
► Juros: As yields dos treasuries operam em queda, influenciadas pela cautela e indicadores americanos mais fracos.
► Câmbio: Dólar segue forte ante praticamente todas as moedas, refletindo o ambiente externo de maior aversão ao risco.
Mercado Interno
Mercados seguem direcionados pelo ambiente global, sem perder de vista as questões locais
► No Brasil, os mercados operam com viés de cautela, de olho no exterior, enquanto aguardam definições na esfera fiscal.
► O IBC-Br que é considerado uma prévia do PIB, teve alta de 1,06% em agosto, na margem, abaixo da mediana das expectativas. Em julho, o dado revisado mostrou avanço de 3,71%. Foi o quarto mês consecutivo de alta, após três períodos de queda, influenciada pela pandemia. Na comparação anual, o indicador caiu 3,92%, menor que mediana das estimativas.
► O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,1 ponto em setembro, para 96,4 pontos em outubro, enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 3,9 pontos, para 79,5 pontos.
► O BC reforçou hoje que permanece atento ao comportamento da economia enquanto as medidas emergenciais adotadas durante a pandemia se aproximam do final de seus efeitos. O Relatório de Estabilidade Financeira aponta que os bancos têm capacidade de absorver perdas que decorram do fim dessas ações.
► Dólar: opera em alta frente ao real, em linha com o movimento das demais moedas emergentes + riscos internos, ficando no patamar em torno de R$ 5,60.
Juros: agregam prêmios de risco de forma expressiva nos prazos médios e longos, refletindo o mau humor externo + alta do dólar + preocupações fiscais + pressão com oferta de mais LFT no leilão.
► Ibovespa: opera em queda, em sintonia com as bolsas globais, ficando no nível dos 98 mil pts. Destaque para queda de Petrobras, Vale e setor financeiro.
Confira o anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
Roger Marçal, Gerente, Mirela de Castro Rampini e Adriana dos Santos Lima
do BB DIMEC Cenário Financeiros