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Editorial

30 de Março de 2021 as 00:03:56



INDICADORES permitiriam processar Bolsonaro por Crime contra a Humanidade


EDITORIAL
Indicadores Comparados do Exército e do Brasil no trato da Covid19
poderiam viabilizar processo contra B-17 por Crime Contra a Humanidade
 
No último domingo, 28.03.2021, o tradicional jornal Correio Braziliense (CBr), do grupo Diários Associados, publicou brilhante entrevista com general Paulo Sérgio, chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército, responsável, entre outras coisas, pela política de saúde e pelo atendimento médico do Exército Brasileiro aos militares desta Arma, da ativa e da reserva, e de seus familiares, uma comunidade de cerca de 700 mil pessoas.
 
Em sua edição desta 2ª feira, 29.03, aquele Jornal divulga que suas fontes relataram que o presidente Jair Bolsonaro pediu o cargo de ministro da Defesa, exercido pelo general  Fernando Azevedo e Silva, após ler a entrevista do general Paulo Sérgio ao CBr.
 
O que há de extremamente relevante na entrevista é a declaração do general Paulo Sérgio de que a Taxa de Mortalidade pela Covid-19 no Exército Brasileiro e de 0,13% dos infectados, enquanto que a da população brasileira, em geral, é de 2,5% dos infectados. O general é claro:
 
Os números [do Exército] são relativamente bons em relação à população em geral, por conta da prevenção que temos. O índice de letalidade é muito baixo, menor do que na rede pública, graças a essa conscientização, essa compreensão, que é o que eu acho que, se melhorasse no Brasil, provavelmente, o número de contaminados seria bem menor.
 
A entrevista do general Paulo Sérgio propicia o cálculo de um número concreto: a taxa obtida pelo Exército na proteção daquela comunidade é 19,23 vezes inferior à obtida pelo Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde estaduais e municipais na proteção da sociedade brasileira contra a pandemia.
 
E o quê o Exército tem feito para conseguir esse número tão favorável ? O general relata que, para evitar as mortes, o Exército Brasileiro adotou campanhas maciças de distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos, isolamento dos infectados, testagem em massa para evitar contaminações nos quarteis e investiu pesado em logística para garantir o suprimento hospitalares e equipes médicas de atendimento aos infectados, nos 60 hospitais mantidos pelo Exército.
 
Na entrevista o general narrou que Exercito segue, quanto a medicamentos, a prescrição da OMS Organização Mundial de Saúde e pela Anvisa Agênca Nacional de Vigilância Sanitária, para o tratamento de doentes internados, onde também não são prescritos medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina e outros medicamentos de eficiência cientificamente não comprovada contra o coronavírus. Caso prescritos pelo médico do meio militar ambulatorial, devem ser utilizados após assinatura de termo de responsabilidade pelo paciente.
 
A entrevista revela que muitas milhares de mortes poderiam ter sido evitadas caso o governo federal tivesse permitido fossem estendidas à toda população brasileira as práticas adotadas pelo departamento de medicina e saúde do Exército. Tudo é muito novo com relação a essa nova pandemia, mas a confiança no conhecimento científico e o respeito às práticas recomendadas pela ciência funcionou no Exército.
 
O que há de notavel na entrevista é que ela torna visíveis os números de estimativa das mortes que poderiam ter sido evitadas. 
 
Taxa de mortalidade/Exército = 0,13%
Taxa de mortalidade/Brasil     = 2,5%
 
A taxa de mortalidade em todo o Brasil é 19,23 vezes superior à do Exército; a taxa de mortalidade no Exército corresponde a 5,2% daquela de todo Brasil.
 
2,5 / 0,13 = 19,23    a taxa de mortalidade/Brasil é 19,23 vezes superior à do Exército
0,13 / 2,5  =   5,2%  ⇒ a taxa de mortalidade/Exército equivale a 5,2% da brasileira
 
A projeção linear dos números obtidos pelo Exército, sobre os números obtidos no Brasil todo, na luta contra a covid-19, indica que o número de mortes em todo o Brasil poderia ser 19,23 vezes inferior ao número real; isto é, poderia ser de 16.149 óbitos; inferior em 294.401 aos 310.550 óbitos efetivamente contados até domingo último, 28.03
 
310.550 / 19,23 = 16.149 mortes
310.550 - 16.149 = 294.401 mortes que poderiam ser evitadas.
 
294.401 óbitos (94,8%) poderiam ter sido evitados, caso tivessem sido adotados os procedimentos seguidos pelo Exército, a saber, vamos repetir: 
 
► campanhas maciças de distanciamento social,
► uso de máscaras,
► higienização das mãos,
► isolamento dos infectados,
► testagem em massa para evitar contaminações,
► investimento pesado em logística para garantir suprimento hospitalares e 
►  equipes médicas suficientes para o atendimento aos infectados. 
 
Os números até aqui calculados são números tentativos de uma situação ótima, em que se considere que as práticas empregadas no Exército Brasileiro poderiam ser plenamente aplicáveis em todo o País.
 
Lei de Murphy aplicada
 
Mas, a título de exercício, vamos considerar que, pessimisticamente, o modelo aplicado pelo Exército não se conseguisse aplicar completamente no Brasil todo, por problemas de dimensão territorial e logística, inelasticidade da oferta de recursos humanos e tecnológicos etc. Vamos supor que o "índice de azar" fosse de 50%; o nosso "delta Murphy".  Vamos supor, então, que a taxa de mortalidade do Brasil passasse a ser de 1,25%, se aplicados todos os protocolos utilizados o modelo do Exército; e não os 0,13% obtidos pelo Exército.
 
Nesta hipótese, partimos da situação concreta em que o modelo do Exército, com sua taxa de de mortalidade de apenas 0,13%, não foi em absoluto aplicado para o País todo e se obteve a aguda taxa de mortalidade de 2,5%, que se observa hoje, e vamos para a situação hipotética de que a taxa de mortalidade foi a metade, isto é 1,25%, por não aplicarmos plenamente o modelo do Exército poupador de mortes.
 
Vejamos como seriam os números:
 
Taxa de mortalidade/Exército = 0,13%
Taxa de mortalidade/Brasil     = 1,25%,  ao invés dos 2,5% reais, a metade da taxa real.
Mortes pela Covid-19 até 28.03.2021 = 310.550
1,25 / 0,13 = 9,62  ⇒ a taxa de mortalidade/Brasil seria 9,62 vezes superior à do Exército
0,13 / 1,25 = 10,4%  ⇒ a taxa de mortalidade/Exército equivaleria a 10,4% da brasileira
310.550 / 9,62 = 32.282 mortes
310.550 - 32.282 = 278.268 mortes que poderiam ser evitadas.
 
No modelo de aplicação ineficiente, em todo o Brasil, do protocolo utilizado pelo Exército, o Brasil teria 32.282 mortes pela Covid-19 e teriam sido evitadas 278.268 óbitos, 89,6% das 310,550 mortes ocorridas no Brasil real.
 
Bolsonaro poderia desde já ser alvo de impeachment e, junto com seu ministro da Saúde ora demitido, poderiam e deveriam ser processados por crime contra a humanidade. E é isso que está envolvido na demissão do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, pela publicação da entrevista do general Paulo Sérgio ao jornal Correio Braziliense, no domingo, 28.03.2021.
 
A entrevista revela um modelo que deu certo; e no Exército Brasileiro, bastante próximo, visível e facilmente observavel. Não é no Laos ou Birmânia, distantes. É aqui do lado. Mas, não foi aplicado por desinteresse, descuido com a vida, contenção de gastos, incompetência e desumanidade.
 
Com essa entrevista, em "aproximações sucessivas", o general Mourão poderá estar mais perto de chegar à presidência da República; e o Exército poderá enfim conseguir punir seu tenente expulso pelo plano de explodir bombas em quarteis, mas "perdoado" em controverso julgamento pelo STM Superior Tribunal Militar.


Fonte: DA REDAÇÃO





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