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Investimentos

13 de Maio de 2021 as 22:05:22



JBS - Resultado no 1º Trimestre/2021 ROBUSTOS


JBS - Resultado no 1º Trimestre/2021
 
Resultados robustos, com forte desempenho das unidades da América do Norte
 
Os resultados do 1T21 da JBS trouxeram, mais uma vez, crescimento de receita em todas as operações, totalizando R$ 75 bilhões no consolidado (+33,2% a/a).
 
Mesmo em um cenário de custos de produção mais altos, a empresa apresentou crescimento de margem EBITDA na comparação anual de 2,2 p.p., com o EBITDA ajustado atingindo R$ 6,9 bilhões, número recorde para o primeiro trimestre, sazonalmente mais fraco.
 
O lucro líquido foi de R$ 2,0 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 5,9 bilhões no 1T20, fortemente impactado pela variação cambial sobre o endividamento em dólar. 
 
Os bons resultados foram alcançados pela combinação de 
 
(i)    recuperação acelerada da demanda na América do Norte, advinda do consumo no varejo e, principalmente, do food service (serviços de alimentação, como restaurantes), acompanhando a retomada econômica com o avanço da vacinação; 
(ii)  demanda aquecida na Ásia, com a China aumentando as importações de todos os tipos de proteínas, movimento impulsionado pela peste suína africana que tem afetado a produção na região; 
(iii) reajustes de preços, como forma de repasse dos custos elevados de insumos e possibilitados pela menor disponibilidade de volumes de carnes; 
(iv)  mix de vendas com mais presença de produtos processados e de alto valor agregado; e 
(v)   câmbio favorável. 
 
Desempenho das principais unidades. 
 
Os principais destaques do 1T21 foram as unidades JBS USA Beef e JBS USA Pork, que apresentaram evolução expressiva da margem EBITDA na comparação anual (de 4,8% para 9,0% e de 5,0% para 11,7%, respectivamente). A alta rentabilidade da unidade de bovinos foi possibilitada pela maior disponibilidade de animais na América do Norte, que, no consolidado da operação, compensou a elevação dos custos de grãos, bem como os efeitos do cenário desafiador na Austrália e Nova Zelândia. 
 
Já a operação de suínos foi beneficiada pela disparada dos preços de carne suína em razão da baixa oferta da proteína por questões climáticas que afetaram o desenvolvimento dos animais vivos. A Pilgrims (PPC) beneficiou-se da forte demanda de food service, principalmente nos EUA, e de produtos de marca nas diferentes regiões de atuação. A unidade teve receita líquida de R$ 17,9 bilhões (+30,7% a/a), EBITDA de R$ 1,9 bilhão (+68,8%) e margem de 7,8% (+ p.p. a/a), mesmo com elevação de custos de produção. Embora tenham apresentado aumento nos volumes e preços, as operações brasileiras tiveram a rentabilidade afetada pelos altos custos de insumos. 
 
A Seara registrou receita líquida de R$ 7,8 bilhões (34,4%), EBITDA ajustado de R$ 932 milhões (-5,2% a/a), e margem de 11,9% (-5,0 p.p. a/a). A JBS Brasil teve crescimento expressivo na receita líquida, para R$ 11,5 bilhões (+41,3%), mas que não foi suficiente para compensar o elevado custos de animais vivos, reduzindo o EBITDA em 30,1% a/a, para R$ 236,3 milhões, e a margem para 2,0% (-2,1 p.p. a/a). 
 
Alavancagem e alocação de capital. 
 
A dívida líquida finalizou o 1T21 em R$ 57 bilhões, estável em relação ao 1T21, mas com incremento de R$ 11 bilhões em relação ao 4T20. Apesar disso, a forte geração de caixa contribuiu para que a alavancagem finalizasse o período em 1,76x (-1,0x a/a e + 0,2x t/t. 
 
Com relação à alocação de capital, a empresa pretende continuar a estratégia recente, que inclui 
 
(i) recompra de ações, cujo novo programa acabou de ser anunciado, e se sobrepõe aos R$ 3,9 bilhões já desembolsados nos primeiros quatro meses de 2021; 
(ii) dividendos, que a empresa estima que serão superiores ao montante distribuído recentemente, em função da expectativa de crescimento do lucro líquido; e 
(iII) investimentos orgânicos e inorgânicos. 
 
Desempenho das ações e perspectivas. 
 
As ações de JBS acumulam alta de 32,2% em 2021, refletindo o cenário favorável para proteína animal, com forte demanda e elevação de preços. A empresa novamente mostrou que sua plataforma diversificada geograficamente e por tipo de proteínas, bem como a escala de suas operações, são vantagens competitivas relevantes para que o grupo se beneficie das oportunidades em cada mercado em que opera e das exportações, bem como permitem a administração de desafios, como elevação de custos e restrição de insumos. 
 
Acreditamos que a empresa continuará a apresentar fortes resultados nos próximos trimestres, com as boas perspectivas de demanda e preços de proteínas nas diferentes regiões do mundo, o que deverá contribuir para a elevação do caixa e, consequentemente, reduzir o nível de alavancagem. Além disso, a expectativa de dividendos crescentes, ainda que a distribuição só ocorra no próximo ano, poderá elevar o retorno potencial total do papel. Assim, mantemos nosso preço-alvo 2021e em R$ 35,00/ação e reiteramos nossa recomendação de Compra. 
 

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Fonte: MARY SILVA e MELINA CONSTANTINO, analistas do BB INVESTIMENTOS





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