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Editorial

30 de Dezembro de 2021 as 14:12:57



EDITORIAL - Sanha Abutre da Petrobras do Mercado de Gás


General Joaquim dos Santos Lima, presidente da Petrobras
 
Editorial
Sanha Abutre da Petrobras privada sobre o Mercado de Gás
 
A diretoria da Petrobras divulgou nota, nesta 5ª feira, 30.12.2021, em que declara que irá buscar reverter decisões judiciais que determinaram a suspensão do reajuste em 50% do preço do gás fornecido pela Empresa a distribuidoras de quatro estados.
 
A elevação de preços iria vigorar a partir de 01.01.2022 nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Sergipe e Alagoas.
 
Em sua nota, a Empresa afirma que buscou, por meio de diversas tentantivas de negociações com empresas distribuidoras de gás, oferecer melhores condições aos clientes, em contratos de garantia de fornecimento por 6 meses, 1 ano, 2 anos e 4 anos, para reduzir a volatilidade dos preços durante esses prazos.
 
A Empresa relata, também em sua nota, que ofereceu proposta de aplicação de indexadores ligados ao GNL e ao Brent, o gás natural líquido e ao petróleo Brant, que sabemos, em cotações no mercado internacional, sujeitas à volatilidade do câmbio no País e ao movimento especulativo dos grandes magnatas do mercado das bolsas de mercadoria dos EUA e no Reino Unido, principalmente, em plena crise de energia mundial.
 
A Empresa argumenta que as decisões suspensivas do aumento, pelo poder Judiciário “abalam a segurança jurídica do ambiente de negócios, interferindo na livre formação de preços, colocando em risco a implementação da própria abertura do mercado de gás natural no Brasil e atração de investimentos no País”.
 
Contudo, ao contrário do que afirma a diretoria da PETROBRAS em sua nota ao público, não há, em absoluto, livre formação de preços no mercado de gás, pois a PETROBRAS é monopolista, a Empresa define as próprias margens de lucro e os preços dos combustíveis de demanda inelástica que disponibiliza ao mercado, exclusivamente conforme seus interesses financistas em entregar resultados aos seus acionistas na bolsa de Nova Iorque e na bolsa brasileira B3.
 
E a privatização da PETROBRAS -- originalmente um monopólio estatal, sob controle do governo federal, que autorizava  ou não, até 2016, a elevação de preços de combustíveis -- transformou a Empresa em um monopólio privado, que abusa de seu gigantesco poder econômico ao impor ao bolso do cidadão brasileiro a remuneração fantástica que paga, desde o governo golpista de Michel Temer até o governo maldito de B-17, aos seus acionistas e à sua diretoria antinacional.
 
A irracionalidade econômica do desgoverno Temer transformou o sistema de reajustes do preço de combustíveis da Petrobras, desde então até os dias atuais, em fator de aceleração da inflação, elevação do custo de vida, e de ainda maior concentração de renda nas mãos do segmento rentista, de modo a que a atividade econômica tornou-se inviável em diversos setores da economia, impossibilitados de geração de alguma rentabilidade, notadamente na prestação de serviços de transporte, por empresas e no trabalho autônomo, mas também no turismo e inúmeros outros setores. 
 
É imperioso cessar essa distribuição de miséria a segmento majoritários da população e ao setor produtiro. Mas, a solução desse drama brasileiro jamais estará na total privatização da Empresa, como tem afirmado errada e irresponsavelmente o ocupante estagiário do Planalto, pois isso apenas impossibilitaria a modificação profunda desse quadro em favor da população do País, em um futuro governo federal digno desse nome, e selaria o famigerado processo de financeirização do setor enérgético brasileiro.
 
A resposta será mudar a fórmula de cálculo de reajustes de combustíveis imposta pela Petrobras dominada pelo mercado, de modo a impedir a apropriação da renda do petróleo pelos abutres do mercado financeiro nacional e internacional.
 
Será  retornar a PETROBRAS à condição de EMPRESA ESTATAL indutora do desenvolvimento econômico e sobre controle do Estado. Tal como era até o Golpe de Estado de 2016, que foi dado para o apossamento de áreas importantes do Pré Sal e para a privatização de seus rendimentos e da Petrobras, em um assalto escabroso promovido contra o País, consentâneo com o processo de rapinagem imperial, apoiado pelos abutres do mercado financeiro no Brasil e testas-de-ferro do Império implantados no mundo político e na caserna, de onde acenaram positivamente à venda da Embraer ao consórcio Boeing-Pentágono, à entrega do Pré Sal e ao fatiamento e entrega da Petrobras ... "com Supremo e tudo".

 



Fonte: DA REDAÇÃO JF





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