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Investimentos

02 de Janeiro de 2022 as 23:01:28



PERSPECTIVAS 2.022 Seleção BB Investimentos de Ações e Negócios Relatório IMPERDÍVEL


Perspectivas 2022 - Seleção BB
Sumário Executivo
 
Cenário para o Brasil em 2022
 
A bolsa no Brasil deve seguir bastante aderente às expectativas de crescimento econômico global e doméstico, vide o retrato de 2021, quando a primeira metade foi beneficiada pela escalada dos preços das commodities e a segunda, pelo forte recuo dos dados de atividade domesticamente, com sucessivas revisões para baixo das projeções para o desempenho da economia em 2022.
 
No exterior, o quadro é de cautela, dada a pressão inflacionária sobre os países desenvolvidos e o consenso sobre o ritmo de elevação de juros nos EUA, com chance de recuo da liquidez dos mercados. Na China, o recuo do crescimento deve contribuir para uma correção na cotação das commodities. Esse contexto já cobre ~1/3 da bolsa.
 
Domesticamente, o cenário é complexo, uma vez que parte da volatilidade que se avizinha será atribuída aos desdobramentos do campo político e eleitoral. Discussões em torno da pauta fiscal devem balizar a confiança dos investidores, enquanto o Bacen tenta ancorar as expectativas de inflação.
 
Mesmo que a tônica sugira cautela na primeira metade de 2022, o nível de desconto das companhias no Brasil não pode ser desconsiderado. Atualmente, o Ibovespa opera na faixa de 2 desvios-padrão abaixo da média histórica da relação preço/lucro.
 
Aparentemente, a evolução do processo de imunização no Brasil sugere que o País tende a apresentar impactos de redução de mobilidade menos intensos relativamente ao que se verifica no atual momento na Europa.
 
Caso esse contexto se confirme, o que produzirá maior visibilidade sobre a expectativa de crescimento econômico para 2023, poderemos experimentar a antecipação do movimento de recuperação na bolsa a partir do segundo semestre, dado que a parcela restante de ~2/3 do índice está mais conectada com o desenrolar econômico doméstico, via teses de crescimento (growth), em detrimento às teses de valor (value).
 
SELEÇÃO BB 2022
 
Após a forte queda de 2021, há espaço para o Ibovespa avançar em 2022, refletindo um cenário micro ainda favorável, com empresas entregando bons resultados, apesar da desaceleração do crescimento econômico. 
 
Ibovespa e preço-alvo BB Investimentos
Alvo do Ibovespa: 137 mil pontos
 
Nosso preço-alvo para o Ibovespa ao final de 2022 é de 137.000 pontos, uma valorização potencial de 27,8% em relação ao fechamento de 17/12. 
 
Esse patamar advém das expectativas de lucros apurados pelos nossos analistas pelo critério de análise bottom-up. 
 
Como são muitas as incertezas acerca do crescimento econômico para o ano que inicia, que ainda sofrerá com pressão inflacionária e juros no patamar de dois dígitos, essa pontuação tende a ser revista à medida que forem sendo divulgados os resultados das empresas, bem como pelo refinamento da nossa visão sobre as taxas de desconto. 
 
A liquidez global, ainda elevada, pode se reduzir, e o efeito da alta dos juros no mercado norte americano pode resultar em uma migração de recursos para fora, movimento que pode ocasionar uma pressão adicional em nossa bolsa. 
 
Ao passo que nossas apostas em empresas de commodities advêm de um cenário melhor em termos de geração de caixa, setores mais cíclicos encontram-se excessivamente descontados e devem responder positivamente apenas a partir do 2S22, caso as perspectivas para o próximo ano indiquem bons ventos. 
 
SETOR FINANCEIRO
 
O ambiente de juros em alta influencia as empresas do setor financeiro em diferentes níveis. Nos bancos, apesar de possibilidade de maior spread, a inadimplência e competitividade devem dar o tom, enquanto nos seguros vislumbramos maior potencial de ganhos.
 
►  BANCOS: Neutro
    Seleção: BTG Pactual e Santander
 
Operacionalmente, a maior parte dos bancos consolidou em 2021 a retomada engatilhada no período “pós” pandemia. No entanto, incertezas quanto à inadimplência, provável arrefecimento no crescimento de crédito e ambiente concorrencial mais acirrado elevam a cautela com o setor. Nossas seleções representam, em nossa visão, um mix entre empresas que operam com as melhores rentabilidades do setor enquanto crescem a um ritmo pujante e sustentável. 
 
►  SEGUROS: Positivo
    Seleção: Caixa seguridade
 
O setor de seguros sofreu um forte revés em 2021 por conta da severidade da pandemia de Covid19. Para 2022, esperamos que os efeitos da pandemia persistam, porém com menor intensidade. Neste cenário, as ações das empresas com melhor eficiência nos negócios de subscrição (underwritting) devem despontar. A elevação do crédito para o próximo ano também deve ajudar mais as companhias que atuam dentro de um ecossistema bancário (bancassurance).
 
►  BOLSA DE VALORES: Neutro
    Seleção: n.a.
 
O mercado de bolsa no Brasil apresentou crescimento robusto nos últimos anos. O número de investidores cresceu em média quase 60% nos últimos quatro anos, a capitalização de mercado dobrou no mesmo período ao passo que o volume de negócios quadruplicou. 
 
Diante do cenário de juros elevado, projetamos uma estabilização no crescimento do número de investidores, com giro de mercado inferior ao patamar atual, mais alinhado com sua média histórica
 
►  MEIOS DE PAGAMENTO: Negativo
    Seleção: n.a.
 
O  mercado de adquirência passa por uma grande transformação por conta da possibilidade de acesso, por qualquer companhia, ao fluxo de recebíveis dos comerciantes e sua utilização para lastrear operações de crédito, o chamado Novo Sistema de Registro de Recebíveis. 
 
Para o próximo ano, esperamos que os problemas tecnológicos - que inibiu o crescimento deste mercado - seja solucionado e acirrando ainda mais a concorrência pela antecipação de recebíveis.
 
SETOR HARD COMMODITIES
 
A continuidade da retomada econômica global poderá favorecer a demanda de materiais básicos, assim como a de petróleo, embora com menor ritmo crescimento em relação a 2021, principalmente pela desaceleração do ritmo da atividade econômica na China. 
 
►  MINERAÇÃO: Neutro
    Seleção: Vale
 
Diante das incertezas ainda presentes sobre o mercado de minério de ferro, bem como pelo arrefecimento da demanda na China no curto prazo, entendemos que os preços da commodity continuarão com alta volatilidade, que reduzirá em 2022.
 
Mesmo assim, acreditamos que as grandes mineradoras brasileiras ainda deverão apresentar margens atrativas, principalmente aquelas com operações mais competitivas e portfólio com produtos de maior qualidade e alto teor de ferro, como é o caso da Vale.
 
►  SIDERURGIA: Positivo
    Seleção: CSM e Gerdau
 
Com a redução de produção de aço pela China e a demanda ainda aquecida em outros mercados, como EUA e Europa, os volumes disponíveis no mercado exportação reduziram, o que pode sustentar os preços em patamares elevados na maioria dos mercados em 2022. 
 
No Brasil, a produção de aço já se mostra estabilizada, com o consumo no mercado interno retornando para níveis normalizados e as siderúrgicas aproveitando as oportunidades de exportação. 
 
►  PAPEL E CELULOSE: Neutro
    Seleção: n.a.
 
Acreditamos que a demanda global de celulose continuará pressionada em 2022, com o ritmo mais lento da atividade econômica na China, o que, em conjunto com adições de capacidade da commodity, deverão limitar reajustes de preços, que ainda se encontram pressionados. 
 
O cenário para o mercado de papel deverá continuar favorável, principalmente papel para embalagens, com demanda aquecida e preços mais resilientes, tanto no mercado interno como externo.
 
►  ÓLEO E GÁS: - Positivo
    Seleção: Petrobras e Vibra
 
Para 2022, esperamos que a Petrobras siga aproveitando as boas condições proporcionada pelos elevados preços de petróleo, pelas perspectivas de aumento na produção e a redução consistente dos custos de extração. Além disso, os dividendos devem ser mais elevados, após o atingimento da meta de endividamento. 
 
Já o setor de distribuição de combustíveis deve manter a gradual recuperação do volume de vendas, e a Vibra deve seguir melhor posicionada no setor.
 
SETOR DE SOFT COMMODITIES
 
A produção de grãos na safra 2021/22 deve registrar novo recorde para a soja brasileira e recuperação de volumes de milho, após condições climáticas adversas em 2021. Já para o açúcar, a expectativa é de déficit na produção e menores estoques globais.
 
► AGRONEGÓCIOS: Positivo
   Seleção: SLC Agrícola
 
Preços de commodities agrícolas elevados, a boa estratégia de hedge cambial e a antecipação de vendas e compra de insumos permitiram que a SLC entregasse bons resultados operacionais e financeiros em 2021. 
 
Considerando a expectativa de demanda ainda aquecida e preços de commodities em patamares elevados em 2022, além da integração das operações da Terra Santa – já em curso – acreditamos que a SLC continuará se beneficiando deste cenário favorável.
 
► ALIMENTOS (Proteinas): Positivo
   Seleção: JBS
 
A demanda global de proteína animal deverá continuar aquecida em 2022, o que poderá beneficiar as exportações brasileiras – potencializadas pela recémanunciada retomada dos embarques pela China. 
 
No mercado interno, a continuidade das condições macroeconômicas desfavoráveis deverá se refletir em um consumo resiliente de frango e suínos em detrimento da carne bovina – o que traz perspectivas favoráveis para a JBS, que atua em todas as proteínas.
 
► ALIMENTOS E BEBIDAS: Neutro
   Seleção: n.a.
 
Apesar do avanço da vacinação e da boa estratégia comercial das empresas terem permitido recuperação de receitas em 2021, o aumento de custos pressionou as margens, dinâmica que deve se prolongar em 2022, já que os preços de commodities, por exemplo, permanecem em patamares elevados. 
 
Ainda, o cancelamento de eventos como o carnaval, por exemplo, em diversas cidades, traz perspectivas menos favoráveis para a retomada do consumo no 1S22.
 
► AÇÚCAR E ETANOL: Neutro
   Seleção: n.a.
 
Perspectiva neutra para 2022, ainda que a produção de cana de açúcar deve ser reduzida, por condições climáticas desfavoráveis (agravadas pelo fenômeno La Niña), mas compensada pela sustentação de preços elevados: o açúcar, devido à expectativa de déficit na produção e menores estoques globais; o etanol, devido aos elevados preços de petróleo, que devem manter as condições de paridade de modo favorável para o biocombustível. 
 
SETOR DE INFRAESTRUTURA
 
Calendário intenso de concessões de 2021 tende a se repetir em 2022, com novos marcos regulatórios setoriais e forte movimento societário permitindo expansão das companhias de infraestrutura. Alta de juros é contraponto.
 
► ENERGIA ELÉTRICA: Neutro
   Seleção: AES Brasil, Alupar e CTEEP
 
As geradoras encontram caminho para expansão no mercado livre e as hidrelétricas apresentam bom ponto de entrada após sofrerem com a escassez hídrica. As transmissoras continuam a entregar o crescimento contratado nos leilões realizados entre 2016-19, com entradas operacionais no horizonte.
 
As Distribuidoras conseguiram recuperar volumes, mas ainda buscam recuperar inadimplência que aumentou com a pandemia, bem como equilibrar os custos com geração termelétrica por escassez hídrica.
 
► SANEAMENTO: Positivo
   Seleção: Sabesp
 
Com o novo Marco Regulatório do Setor em 2020 e aprimoramentos regulatórios em andamento, calendário setorial de 2022 é intenso com resoluções esperadas da ANA (Agência Nacional de Águas), novas concessões de serviços públicos de saneamento para iniciativa privada, privatizações já encaminhadas e avanço no projeto estruturante de transposição do Rio São Francisco no Nordeste.
 
► TRANSPORTES: Positivo
    Seleção: Azul, Localia e Simpar
 
O setor aéreo deve recompor 100% da malha doméstica, e a demanda por voos internacionais pode ganhar tração no segundo semestre de 2022. A Localiza deve capturar sinergias a partir da fusão com a Unidas. 
 
O mercado de locação de veículos no Brasil ainda é incipiente. A Simpar tem se posicionado com diversificação em negócios com grande potencial de crescimento como locação de veículos leves e pesados, logística e concessões.
 
SETOR CONSUMO
 
Pressão inflacionária sobre a renda dos consumidores e alta dos juros encarecendo a tomada de crédito sinaliza tímido consumo em 2022, mas perspectivas de retomada gradual a partir de 2023 pode favorecer o desempenho das ações de setores ligados ao mercado doméstico no 2S22.
 
► VAREJO: Positivo
   Seleção: Americanas, Lojas Renner, Magazine Luiza e Grupo SBF.
 
A desaceleração observada no consumo a partir do 3T21 sinaliza um ano de 2022 ainda desafiador para o varejo, diante da pressão na renda e taxas de juros mais elevadas, majorando o custo de tomada de crédito pelo consumidor. 
 
Apesar disso, entendemos que as ações do setor devem voltar ao radar do investidor à medida em que observemos sinais de gradual melhoria das vendas e inflação, bem como perspectivas de um afrouxamento monetário.
 
► IMOBILIÁRIO (Construtoras): Neutro
   Seleção: MRV
 
Apesar do risco de a elevação na taxa de juros arrefecer as vendas em 2022, entendemos que esse cenário já foi em boa parte precificado pelos investidores. À medida que observarmos desaceleração da inflação, com posterior sinalização de redução da taxa de juros, acreditamos que o setor de incorporadoras deverá ser favorecido.
 
Nesse cenário, optamos por escolher a MRV para a Seleção BB 2022 diante da diversificação de sua receita, tornando-a mais resiliente em um cenário econômico ainda desafiador.
 
► IMOBILIÁRIO (Shoppings): Neutro
   Seleção: Multiplan
 
Em 2022, considerando que não haja mais restrições relacionadas à pandemia, entendemos que possa haver recuperação no setor, porém ainda com muitos desafios, diante da renda das famílias ainda pressionada por conta do desemprego e da inflação alta. 
 
Apesar disso, sinais de recuperação econômica, indicando um movimento de afrouxamento monetário, podem atrair a atenção dos investidores aos papéis ligados ao consumo doméstico, dentre os quais destacamos a Multiplan, dado o seu robusto portfólio de shoppings e múltiplos descontados.
 
► EDUCAÇÃO E SAÚDE: Neutro
   Seleção: Rede D'Or
 
Educação e saúde são setores diretamente relacionados ao cenário doméstico. A piora nas expectativas de crescimento da economia brasileira, a taxa de desemprego elevada e a queda da renda real das famílias são fatores que influenciam diretamente estes setores.
 
Mas, apesar de um viés neutro, indicamos as ações da Rede D’Or em nossa Seleção pela tese de investimentos robusta, com potencial de crescimento e rentabilidade para o acionista.
 
Atenciosamente,
 
Victor Penna, CNPI
Wesley Bernabé, CFA
e time de research do BB Investimentos
 
Confira no anexo a ÍNTEGRA do Relatório PERSPECTIVAS 2022
elaborado pela equipe  de pesquisa do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: BB INVESTIMENTOS. Victor Penna, CNPI Wesley Bernabé, CFA e time de research. Chamada de Capa da Redação JF





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