Indícios de Atentado
A morte de Bipin Rawat aconteceu no contexto de fortes ameaças de retaliação dos EUA contra a Índia. Rawat, chefe do Estado Maior de Defesa indiano estava sendo o grande responsável pela modernização das forças armadas de seu país.
Sua morte ocorreu no dia seguinte à visita de Putin a Índia e do anúncio de um acordo indu-russo, para compra:
(a) de 5 unidades do sistema S-400 russo de defesa aérea,
(b) de 670 mil fuzis AK-203 e
(c) de 2 milhões de toneladas de petróleo russo, ainda em 2022, além
(d) do licenciamento para produção, na Índia, do caça russo de 5ª geração, SU-57.
O acordo militar Índia-Rússia estabelece que o pagamento de tudo isso deverá ser realizado com moeda da Índia, o Hindi, e não em dólar americano.
Os interesses norte-americanos foram intensamente contrariados por esse acordo Rússia-Índia. O governo dos EUA tem se antagonizado à compra dos sistemas de defesa russos S-300, S-400 e S-500, além de outros equipamentos militares, por países parceiros dos EUA e pelos paises ocidentais.
Recentemente os EUA debateram-se contra a compra desses sistemas pela Turquia, ao ponto de cancelar a venda de seus caças F-35 a esse país, mesmo tendo o governo turco participado contratualmente no projeto do caça americano.
Contudo, o que nesse contrato particularmente compromete os EUA é a utilização de moedas nacional hindu para o pagamento da compra pela Índia.
É conhecida a posição norte-americana de defesa e de garantia da hegemonia do dólar nas trocas internacionais. A busca de netralização e até destruição dos BRICS já é uma realidade e, possivelmente, um dos motivos da perseguição do governo norte-americano contra o presidente Lula, o autor da idéia de que os países do BRICS deveriam operar negocios entre si com suas moedas nacionais.
Mas, no passado já se pôde ser observada intensa movimentação dos EUA na proteção do dólar como moeda conversível internacional. É celebre o caso do Iraque. Uma das causas da invasão norte-americana do Iraque, em 20.03.2003, foi a regra estabelecida poe Sadam Hussen, poucos meses antes, de que não mais seriam aceitos dólares para o pagamento pelas vendas do petróleo iraqueano aos países da Europa e dos demais clientes. O exemplo não poderia ser seguido pelos demais países do Oriente Médio; e o Iraque foi destruído e Sadam Hussem foi deposto e morto.
A despeito da discreção com que as autoridades da Índia têm tratado o tema, acidentes dessa natureza e com essa configuração já foram reconhecidos no passado como de padrão operacional dos serviços de inteligência norte-americanos, notadamente da CIA Central de Inteligência Americana, para o abate de autoridades pouco favoráveis às políticas de dominação de Washington.
Mas, ainda que sejam fortes os indícios de autoria norte-americana, hostilidades e até uma declaração de guerra pela Índia contra os EUA, duas potências nucleares, seria decorrência tradicional, caso as autoridades hindus adotassem postura acusatória.
Contudo, isso não aconteceu -- as autoridades da índia foram extremamente discretas --, mesmo porque, primeiro, a obtenção de provas seria muito difícil; e, segundo, seria humilhante para o governo da Índia, frente ao seu público interno, o reconhecimento de que uma autoridade militar importante teria sido assassinada por incapacidade governamental de proteger suas autoridades.
Assim, o mais simples poderia ser, para a Índia, uma ação retaliatória, também camuflada, dos serviços de inteligência indú contra os EUA, caso a responsabilidade norte-americana pelo acidente seja minimamebte comprovada.
Confira, a seguir, a íntegra da nota divulgada pela Força Aérea a respeito da queda do helicóptero e da morte do Chefe do Estado Maior da Defesa da Índia, de sua esposa, e de outros militares indús.
A íntegra da declaração da Força Aérea Indiana