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Economia e Finanças

06 de Novembro de 2023 as 15:11:32



FOCUS - Mercado financeiro estima INFLAÇÃO a 4,63% e PIB a 2,89% em 2023


 
Estimativas do mercado para inflação e PIB permanecem estáveis
Expectativa para expansão da economia neste ano é 2,89%, diz BC
 
As previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos em 2023 ficaram estáveis, de acordo com a edição do Boletim Focus desta 2ª feira, 06.11. A pesquisa - realizada com economistas - é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).
 
PIB
 
Para 2023, a expectativa para o crescimento da economia permaneceu em 2,89%. Já para 2024, o PIB Produto Interno Bruto deve ficar em 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.
 
Superando as projeções, no 2º trimestre do ano a economia brasileira cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%.
 
O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No primeiro semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.
 
Inflação
 
A previsão para este ano do IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - considerada a inflação oficial do país – permaneceu em 4,63% nesta edição do Focus. Para 2024, a estimativa de inflação subiu de 3,9% para 3,91%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
 
A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo CMN Conselho Monetário Nacional, a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
 
Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
 
Em setembro, o aumento de preços da gasolina pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,26%, segundo o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O percentual foi acima da taxa de agosto, que teve alta de 0,23%.
 
A inflação acumulada em 2023 atingiu 3,50%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 5,19%, ficando acima dos 4,61% dos 12 meses imediatamente anteriores.
 
Taxa de juros
 
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 12,25% ao ano pelo COPOM Comitê de Política Monetária.
 
O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela terceira vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.
 
Ainda assim, em comunicado divulgado na semana passada, o Copom indicou que poderá mudar o tempo do período de cortes, caso as condições tornem mais difícil reduzir juros.
 
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
 
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
 
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.
 
 
Dólar
 
Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim de 2023.
 
Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05.


Fonte: AGENCIA BRASIL.





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