Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

Domingo, Dia 17 de Maio de 2015 as 00:00:00



INFLAÇÃO - Vendas no atacado aumentam pela facilidade no acesso


Inflação e facilidade de acesso aumentam procura por vendas no atacado
 
Comprar em volumes maiores e improvisar espaços em casa para estocar mantimentos. A alta da inflação e a facilidade de acesso estão ajudando o consumidor a aderir, cada vez mais, às redes de atacarejo, que misturam o atacado com o varejo e têm proliferado nos últimos anos.
 
Atraídos pelo custo unitário mais baixo das mercadorias, os compradores estão migrando para uma modalidade que, durante muitos anos, tinha a preferência de pequenos comerciantes.
 
De acordo com a Abad Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados, o setor cresceu 7,3% no ano passado, 0,9 ponto percentual acima da inflação e acima do crescimento de 0,1% do PIB Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país). Com faturamento de
R$ 211,8 bilhões em 2014, os atacadistas concentraram 51,7% do mercado nacional de mercearias.
 
Segundo o levantamento, as redes de atacarejo respondem por boa parte do crescimento, impulsionadas por consumidores que, em tempo de inflação alta, de crédito escasso e de aumento do desemprego, ficaram mais cautelosos em relação às compras do mês.
 
“O consumidor não quer abrir mão das marcas que conquistou nos últimos anos. Para isso, reduziu a ida às lojas e aumentou as visitas aos pontos de atacarejo”,
 
disse Olegário Araújo, diretor de Atendimento ao Varejo e ao Atacado do Instituto Nielsen, responsável pela pesquisa, em parceria com a Abad.
 
O consultor de varejo Alexandre Ayres, da Neocom Informação Aplicada, informou ter detectado o aumento do interesse pelas redes de atacarejo desde o ano passado, quando a inflação subiu de forma mais intensa. Ele destacou que as compras em grande volume são vantajosas ao levar em conta o custo unitário, quando se divide o valor da caixa ou do pacote pelo número de embalagens.
 
“Na prática, o atacado funciona como um desconto pelo maior volume”,
 
esclareceu Ayres.
 
“Num primeiro momento, o consumidor paga mais porque compra em volumes maiores, mas, ao fazer as contas, a compra no atacado sai mais barata, porque tem um custo unitário menor”, explicou Ayres. “Com a inflação, o consumidor está deixando de comprar marcas caras em pequenas embalagens para comprar marcas baratas em grandes embalagens”,
 
acrescentou o consultor.
 
A advogada Cecilia Rodrigues, 36 anos, afirmou que a inflação a fez mudar de comportamento.
 
“O atacado é bem mais barato que comprar em supermercados. O preço sobe a cada dia. Então, prefiro fazer uma compra maior para durar mais.”
 
Para estocar as mercadorias, ela transformou um quarto de empregada em dispensa.
 
Apesar de baratearem as compras, as redes de atacarejo não atendem todas as necessidades dos consumidores, principalmente em relação a produtos perecíveis e a mercadorias que exigem reposição imediata. Segundo Araújo, do Instituto Nielsen, os consumidores têm recorrido a mercadinhos ou a lojas de conveniência perto de casa para complementar as compras do mês.
 
“Constatamos essa tendência em todos os níveis socioeconômicos. O consumidor vai ao atacado uma vez por mês e faz visitas esporádicas às lojas da vizinhança para manter o padrão de vida.”
 
Para Olegário Araújo, outros fatores que aumentaram o interesse pelas redes de atacarejo são o aumento do número de lojas dessa modalidade e o crescimento da frota de veículos nos últimos anos.
 
“Quem consome no atacado precisa de um carro para carregar as compras.”
 
O que também tem estimulado a demanda pelo atacado são as redes sociais, por meio das quais os consumidores formam grupos para ratear as compras em grandes volumes.
 
“Uma pessoa faz compras e divide com o restante do grupo. É bem variado. Compramos bebidas, sucos, cervejas e refrigerantes nesse sistema”,
 
disse Kaiki Maciel, 25 anos, morador de Formosa (GO), a 75 quilômetros de Brasília, que vem à capital federal comprar em redes de atacarejo.


Fonte: Agência Brasil





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
QUEROSENE DE AVIAÇÃO - Preço reduzirá 9,1% a partir de 1º de outubro 26/09/2024
QUEROSENE DE AVIAÇÃO - Preço reduzirá 9,1% a partir de 1º de outubro
 
IPEA revisa Projeção de INFLAÇÃO pelo IPCA de 4% para 4,4% em 2024 26/09/2024
IPEA revisa Projeção de INFLAÇÃO pelo IPCA de 4% para 4,4% em 2024
 
BC da CHINA injeta US$ 142 BI na economia: IBOVESPA sobe e DÓLAR cai no Brasil 25/09/2024
BC da CHINA injeta US$ 142 BI na economia: IBOVESPA sobe e DÓLAR cai no Brasil
 
IPCA-15 - Prévia da Inflação recua em setembro e na comparação anual 25/09/2024
IPCA-15 - Prévia da Inflação recua em setembro e na comparação anual
 
HORÁRIO DE VERÃO - Poderá trazer economia de R$ 400 MI em 5 meses 25/09/2024
HORÁRIO DE VERÃO - Poderá trazer economia de R$ 400 MI em 5 meses
 
RECEITA FEDERAL permite Atualização de Valor de Imóvel na Declaração do IR 25/09/2024
RECEITA FEDERAL permite Atualização de Valor de Imóvel na Declaração do IR
 
INMET divulga Alerta de Perigo para o RS: Chuvas Intensas e Ventos Fortes 24/09/2024
INMET divulga Alerta de Perigo para o RS: Chuvas Intensas e Ventos Fortes
 
ONU: LULA critica Incapacidade de Negociação entre Líderes Mundiais 24/09/2024
ONU: LULA critica Incapacidade de Negociação entre Líderes Mundiais
 
LULA E HADDAD reúnem-se com Agências de Risco nos EUA 23/09/2024
LULA E HADDAD reúnem-se com Agências de Risco nos EUA
 
LULA discursou na CÚPULA DO FUTURO neste domingo, nas instalações da ONU 23/09/2024
LULA discursou na CÚPULA DO FUTURO neste domingo, nas instalações da ONU
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites