O Ibovespa operou oscilante ao longo de todo o dia, com a volatilidade se sobressaindo na primeira hora e meia do pregão.
No leilão de fechamento, acabou em baixa, na mínima do dia. A sessão teve volume mais modesto em comparação com a média diária do mês de R$6,17 bilhões - até a última sexta-feira (5). As ações da Vale (VALE5: R$17,05; -3,18%; giro R$320 milhões; e VALE3: R$20,10; -2,43%; giro R$94 milhões) foram destaques ponderados de baixa, com os dados da balança comercial chinesa sinalizando que o país continua em desaceleração.
Os setores que mais pesaram hoje foram: Siderurgia/Mineração; Bancos; Telefonia; e Papel e Celulose.
A agenda norte-americana estava fraca hoje e também ao longo da semana. Internamente, os agentes voltaram seu foco para a ata do Copom, que será divulgada na próxima quinta-feira, além do IPCA (inflação) na quarta-feira. Externamente, dados de inflação, varejo e produção industrial da China poderão influenciar os comportamentos dos mercados.
Na Europa, os números da produção industrial da Alemanha foram favoráveis, mas, continua a saga de um possível acordo entre a Grécia e seus credores em relação a um desfecho sobre o pagamento da dívida soberana do país helênico.
O índice doméstico fechou aos 52.809 pts (-0,31%), acumulando +0,09% no mês, +5,60% no ano e -0,60% em 12 meses. Em dados preliminares, o giro da Bovespa foi de R$5,04 bilhões (R$4,85 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$4,10 bilhões.
No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$208,29 milhões no último dia 3 de junho, somando R$371,199 milhões no mês (+R$1,472 bi em maio; +R$7,605 bi em abril; +R$3,809 bi em março; +R$4,481 bi em fevereiro; +R$1,575 bi em janeiro) e somando R$18,919 bilhões em 2015.
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,1120 (-1,21%), acumulando -2,29% no mês, +17,21% no ano e +38,43% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas, basicamente, mostraram recuo, destacadamente derrubando a curva da estrutura a termo da taxa de juros a partir do DI outubro/16, em mais um dia de ajustes após a decisão do Copom na última quarta-feira (3).
Indicadores.
No Brasil, a balança comercial apresentou superávit de US$1,976 bilhão na primeira semana de junho, com exportações de US$4,661 bilhões (incluindo uma plataforma de petróleo de US$ 690 milhões) e importações de US$2,685 bilhões.
Em 2015, até o momento, a balança acumulou déficit de US$329 milhões, com exportações de US$79,362 bilhões e importações de US$79,691 bilhões.
Na Alemanha, a produção industrial subiu 0,9% em abril, versus -0,4% em março – consenso em +0,6%. Já em relação a abril de 2014, o indicador evoluiu 1,4%, ante +0,2% em março-15 / março-14 – consenso em +0,9%.
No Japão, o PIB 1T15 subiu 1,0%, frente à +0,6% no 4T14 – consenso em +0,7%.
Na China, a balança comercial apresentou superávit de US$59,49 bilhões em maio. Todavia, as exportações (A/A) recuaram 2,5% e as importações (A/A) tiveram queda de 17,6%.
Agenda da semana.
- No Brasil, dados de veículos/Anfavea e balança comercial semanal (8), IGP-DI (9); IPCA (10) e IGP-M 1ª prévia e ata do Copom (decisão de 3 de junho) (11);
- nos EUA, estoques no atacado (9), vendas a varejo, dados de segurodesemprego e estoques de empresas (11) e PPI (preços ao produtor) e Índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan (12);
- na Alemanha, produção industrial e balança comercial (8);
- na França, produção industrial (10) e IPC (inflação ao consumidor) (11);
- no Reino Unido, balança comercial (9) e produção industrial (10);
na zona do euro, PIB 1T15 (prévia) (8) e produção industrial (12);
- no Japão, produção industrial (12);
- e na China, IPC e IPP (8) e vendas a varejo e produção industrial (11).
Confira no anexo o relatório na íntegra sobre o comportamento do mercado financeiro em 08.06.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS