Tombini afirma que taxa atual da Selic é "de passagem"
Em audiência pública no Senado, nesta 3ª feira, 15.09, Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, afirmou que a SELIC em 14,25% ao ano é “de passagem” e será reduzida quando as expectativas de inflação cederem.
Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC elevou a Selic, taxa básica de juros, por sete vezes seguidas. Depois do ciclo de alta, na reunião do COPOM Comitê de Política Monetária, no ínicio do mês, a Selic foi mantida em 14,25% ao ano.
A meta de inflação é 4,5%, com limite superior em 6,5%. O Banco Central já admitiu que a inflação vai estourar a meta este ano, ficando em torno de 9%, e promete atingir a meta (4,5%) em 2016. Para Tombini, a inflação em 12 meses inciará o próximo ano em forte queda.
De acordo com Tombini, o objetivo do BC é evitar uma segunda rodada de aumento de preços, atingindo 2016. Segundo ele, se o ponto de convergência da inflação fosse este ano, a política de elevação da Selic seria “extremamente agressiva”.
Sobre o câmbio, Tombini disse que a atuação do BC é para assegurar a estabilidade financeira e reduzir as fortes oscilações no mercado.
“Não temos qualquer objetivo em relação à taxa em si”,
acrescentou.
O BC tem feito leilões de swap cambial, operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro e, recentemente com a forte alta da moeda americana, vendeu dólares com compromisso de recompra.
Durante a audiência, cerca de 20 servidores do BC fizeram uma manifestação, levantando cartazes. Eles querem a contratação de concursados aprovados, alinhamento dos salários de procuradores (carreira jurídica) com de analistas (nível superior) e que os técnicos voltem a receber 50% do salário de analistas.
Tombini disse que é fundamental a harmonia entre as carreiras na instituição. Ele também disse que o banco é “uma instituição enxuta”.
“Está sempre na minha preocupação termos funcionários à disposição do banco”.
Ele acrescentou que está trabalhando para o suprimento de pessoal.