Boletim FOCUS
Projeções refletem decisão do Copom de buscar convergência da inflação no horizonte relevante da política monetária.
O relatório semanal Focus do Banco Central, com as projeções de mercado (mediana), registrou as seguintes alterações em comparação com a semana anterior: o IPCA subiu a 9,85% (9,75% antes) para 2015 e a 6,22% (6,12% antes) para 2016; o PIB arrefeceu a -3,02% (-3,00% antes) para 2015 e baixou a -1,43%, de 1,22% (antes) para 2016; e a taxa Selic segue em 14,25% a.a. para 2015 e aumentou a 13,00% (12,75% antes) a.a. para 2016.
Considerações:
- O PIB manteve sua trajetória declinante pela 15ª semana consecutiva para 2015, mas, vem reduzindo sua força de decaimento. Já para 2016, recuou pela segunda estimativa seguida.
- O IPCA seguiu em elevação para 2015. Já para 2016, a inflação manteve-se em uma série crescente de 12 semanas. Ambas as projeções influenciadas pela decisão de Copom de buscar a conversão da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária.
- A taxa Selic perdura estacionada em 14,25% a.a. para 2015. Já para 2016, continuou em progressão, atingindo agora 13,00% para 2016, após ter subido a 12,75% na semana anterior.
- A taxa de câmbio (fim de período) para 2015 ficou em R$4,00 pela terciera semana sucessiva. Já para 2016, subiu para R$4,20, de R$4,13 na semana anterior.
CDS Risco País
O CDS (Credit Default Swap - fonte: CBIN) de 5 anos do Brasil – derivativo usado pelo mercado como medida de risco-país – fechou a 445 pontos-base na 6ª feira, 13.10, variando +10 pontos-base frente aos 435 pontos-base do encerramento da 6ª feira anterior, 09.10. Vale lembrar que alcançou sua máxima no ano em 533 pontos-base, no dia 28 de setembro e vem arrefecendo desde então.
No cenário externo, o diagnóstico sobre a saúde da economia mundial é de que há uma desaceleração persistente em andamento, causada por fraca demanda nos países desenvolvidos, diminuição da corrente de comércio e inflação em queda.
Há também o fortalecimento do dólar e consequente queda no preço das commodities, num ciclo que se realimenta e traz como resultado imediato aumento da volatilidade nos mercados (moedas, títulos soberanos e bursáteis) e cautela dos investidores.
As decisões dos Bancos Centrais de China e Zona do Euro na semana passada (juntamente com a esperada manutenção dos FED Funds na 4ª feira) provocaram um rally nas bolsas, mas não se sabe ao certo quão duradouro serão seus efeitos.
O Copom decidiu, no dia 21 de outubro de 2015, manter a taxa básica de Juros (Selic) em 14,25%a.a., por unanimidade e sem viés, pela segunda vez consecutiva. Em seu comunicado, citou:
“O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária.”
Confira no anexo a íntegra da análise do relatório FOCUS, de responsabilidade do BB INVESTIMENTOS