O Mercado em 11.09.2015, 6ª feira
Expectativa em relação à reunião do FED, nesta semana,
Commodities em queda
e Euro mais forte em relação ao dólar
O Mercado Externo: O petróleo a US$ 37,87 o barril Brent
A queda no preço das commodities segue preocupando a economia global. O preço do petróleo voltou cair ainda na esteira da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter os níveis atuais de produção. Às 17h30, o barril de petróleo bruto para janeiro na Nymex recuava 3,10%, para US$ 35,62, enquanto na ICE, o barril do Brent também para janeiro caía 4,68%, para US$ 37,87.
O fortalecimento do euro em relação ao dólar também influenciou o desempenho das bolsas na Europa, que fecharam majoritariamente em baixa. Às 17h30, a moeda única subia para U$ 1,0996, de U$ 1,0940 ontem.
As bolsas em Nova Iorque também operaram em queda, motivadas por fatores como a queda dos preços do petróleo e também pela expectativa pelo aumento de juros nos EUA na reunião do Federal Reserve que acontecerá nos dias 15 e 16.
O relatório de varejo de novembro melhor do que o esperado divulgado hoje aumentou as apostas de aumento de juros na reunião da próxima semana. As vendas no varejo aumentaram 0,2% em novembro, depois de permanecer estável nos meses de setembro e outubro.
Ibovespa
O Ibovespa, em um dia de muita volatilidade, abriu em queda de 1,0%, mas migrou para o território positivo com o relatório de varejo nos EUA. A abertura em queda em Nova Iorque porém trouxe a bolsa novamente para o território negativo. No meio houve recuperação de papéis dos setores de consumo e elétrico. No final o índice fechou em queda de 0,81%, aos 45.262,72 pontos.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar voltou a avançar ante o real e fechou em alta de 1,48% no mercado interbancário, a R$ 3,8691, acompanhando o movimento de outras moedas emergentes, que perdem valor com a queda no preço das commodities.
No mercado de juros futuros, os contratos tiveram alta ao longo de toda a estrutura a termo, refletindo a alta do dólar as incertezas sobre a nota do crédito soberano, em reavaliação pela agência de risco Moody’s. O DI para abril de 2016 encerrou a 14,68% (de 14,62% ontem.). O DI para janeiro de 2017 fechou estável em 15,99%, de 15,98% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2018 fechou com taxa de 16,00% (+12 p.p. em relação a ontem.)
Agenda da próxima semana
- No Brasil, vendas no varejo (16) e taxa de desemprego (17).
- Nos EUA, índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) e índice de manufatura de Nova Iorque (15) e decisão de taxa de juros do Federal Reserve (16).
- Na zona do euro, produção industrial (14), prévia do índice antecedente (PMI) e preços ao consumidor (17).
- Na China,vendas no varejo e produção industrial (12).
- No Japão, produção industrial (14), bbalança comercial (16) e decisão de política monetária (18).
Confira no anexo a íntegra do relatório de Mercado referente à 6ª feira, 12.12.2015, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimento do BB INVESTIMENTOS