Comportamento do Mercado na 5ª feira, 25.02
Bolsas em alta apesar da queda na Bolsa de Xangai
Os mercados internacionais fecharam com saldo positivo nessa quinta-feira, apesar do susto inicial com a queda de 6,4% da Bolsa de Xangai, motivada por um aperto das condições de liquidez pelo Banco Central chinês. O minério de ferro teve mais um queda, dessa vez de 2%, fechando abaixo de US$ 50 pela primeira vez na semana.
As bolsas na Europa fecharam em alta com a perspectiva de mais estímulos depois que os dados divulgados hoje sobre a inflação de janeiro na região do Euro mostraram um avanço de apenas 0,3%, ante uma expectativa de 0,4%. O índice FTSE-100 (Londres) fechou em alta de 2,48%, enquanto o CAC-40 (Paris) ganhou 2,24%.
Nos EUA, dados mistos divulgados hoje não deram direção definida à bolsa. Os pedidos de bens duráveis aumentaram 4,9% em janeiro (prévia), ante uma expectativa de 2,6%, enquanto os pedidos de auxílio-desemprego terminaram a semana com 272 mil novas solicitações (est. 270 mil). O Dow Jones fechou o dia em alta de 1,29%, enquanto o S&P subiu 0,87%.
Bovespa
O índice da Bovespa teve uma sessão volátil influenciada pelo intenso noticiário local e resultados corporativos de Blue Chips.
Petrobras (PETR4) abriu em alta, repercutindo a mudança na legislação aprovada ontem no Senado, que elimina a participação obrigatória da Petrobras na exploração dos campos do pré-sal.
Porém o papel não sustentou os ganhos em virtude da queda no preço do petróleo. À tarde os papéis se recuperaram junto com a commodity, que fechou em alta de 2,12% em Londres, a US$ 35,14.
Depois de oscilar entre perdas e ganhos, a ação ON fechou em baixa de 0,71% e PN em alta de 0,41%. Vale (Vale ON; R$ 11,02; -5,89%), Ambev (R$ 17,71; -2,59%) e Banco do Brasil (R$ 13,12; +0,38%) apresentaram resultados antes da abertura do pregão.
No final, o índice fechou em baixa de 0,47%, a 42.084 pontos. No último dado disponível, a Bovespa teve saída de capital externo de R$ 49 milhões na 3ª feira, 23.02, quando o Ibovespa teve baixa de 1,65%. O saldo de recursos externos em fevereiro está positivo em R$ 1,917 bilhão e, no ano, o resultado é positivo em R$ 1,749 bilhão.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar fechou em alta de 0,15%, a R$ 3,9636. No mercado de juros futuros da BM&F, os contratos mais longos apresentaram alta, dando maior inclinação à estrutura a termo.
Ao término da negociação regular, o contrato de DI para abril de 2016 fechou em 14,16%, de 14,15% no ajuste anterior (0,03%). O DI para janeiro de 2017 terminou em 14,23%, de 14,18% no ajuste anterior (+0,32%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 15,74%, de 15,57% (1,09%).
Indicadores
Entre os indicadores econômicos de hoje, o superávit do Governo Central (Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional) foi de R$ 14,835 bilhões em janeiro, acima da mediana das estimativas de R$ 9,200 bilhões.
O IBGE informou que a taxa de desemprego medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) em janeiro foi de7,6%, abaixo da mediana das previsões do mercado, de 7,90%.
Na agenda de indicadores para amanhã: No Brasil, resultado consolidado do Governo Federal; na Alemanha, IPC e nos EUA, contas nacionais.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado em 25.02, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS