Fiesp atribui queda do PIB a erros políticos cometidos pelo Governo
Em luta contra a instauração da CPMF, a poderosa FIESP volta suas baterias contra o Governo Federal, afasta de si a responsabilidade pelo fracasso da indústria e lança uma névoa sobre o irresponsável boicote aos investimentos que promove, a despeito do biliardário apoio financeiro que há anos industriais vem recebendo dos bancos públicos, BNDES, BB, Caixa, principalmente, para expandirem seus investimentos e modernizarem suas plantas industriais.
Em nota oficial publicada nesta 5ª feira, 03.03.2016, a FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo afirmou que o recuo do PIB é responsabilidade governo, e não pode ser atribuído ao contexto internacional.
“Deve-se aos erros cometidos nas decisões políticas e na condução da economia: temos um governo caro, pesado e intervencionista, que não toma medidas para controlar seus gastos e deseja aumentar os impostos”.
A FIESP credita à crise política o desempenho ruim do PIB.
“É preciso resolver a crise política e tomar as medidas necessárias para que a economia entre num ciclo virtuoso de crescimento do consumo, de investimento, de emprego e de renda”.
O PIB teve queda de 3,8% em 2015, tendo fechado 2015 em R$ 5,904 trilhões, conforme divulgou o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Essa retração econômica distribuiu-se pela totalidade dos segmentos da economia brasileira, com destaque para os investimentos em bens de capital, que apresentaram queda de 14,1%. A indústria como um todo teve queda na produção de 6,2%; os serviços, queda de 2,7%. A agropecuária apresentou crescimento de 1,8% na produção.
Confira a seguir a íntegra do documento da FIESP-CIESP
Skaf: “sem mudanças na política e na economia, país não recupera confiança e não volta a crescer”
“É preciso resolver a crise política e tomar as medidas econômicas necessárias para que a economia entre num ciclo virtuoso de crescimento do consumo, de investimento, de emprego e de renda.”
Agência Indusnet Fiesp
Hoje, o IBGE divulgou o PIB do ano de 2015, mostrando que a economia brasileira encolheu 3,8%. Números ruins já eram esperados, mas nem por isso são menos lamentáveis: a indústria em geral sofreu queda de 6,2%, a de transformação caiu 9,7%, e os serviços, 2,7%. O único setor que cresceu foi a agricultura, apenas 1,8%.
Nesse mesmo ano, segundo o FMI, a economia mundial cresceu 3%, sendo 4% nos países emergentes e 1,9% nos desenvolvidos. A América Latina, exceto o Brasil, cresceu 1,4%. “Está muito claro, portanto, que o encolhimento da economia brasileira não pode ser atribuído ao contexto internacional, pois se deve aos erros cometidos nas decisões políticas e na condução da economia: temos um governo caro, pesado e intervencionista, que não toma medidas para controlar seus gastos e deseja aumentar ainda mais os impostos. Não será com aumento de impostos que se conseguirá reverter esse quadro. Só vai produzir mais recessão e mais inflação”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.
“A crise política brasileira gera falta de confiança das empresas e das famílias não no Brasil, mas sim no governo. Por isso, em 2015, o investimento caiu 14% e o consumo 4%, disparando um ciclo vicioso de redução de consumo e investimento, de redução do emprego e queda desastrosa do PIB”, diz Skaf.
Sem mudanças na política e na economia que levem à recuperação da confiança, este ano as coisas devem continuar na mesma: os dados disponíveis apontam para novo encolhimento do PIB da ordem de 3,3%. “É preciso resolver a crise política e tomar as medidas econômicas necessárias para que a economia entre num ciclo virtuoso de crescimento do consumo, de investimento, de emprego e de renda” conclui Skaf.
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – Ciesp