Ibovespa fecha estável; dólar mantém tendência de queda
A semana iniciou com o apetite pelo risco renovado após o anúncio da inflação de março na China, levando os investidores a esperarem a manutenção das políticas de estímulo à economia.
O índice de inflação oficial caiu 0,4% em março na comparação mensal, enquanto a estimativa era de queda de 0,3%.
A inflação acumulada em 12 meses também veio mais baixa que o esperado (2,3% ante expectativa de 2,5%). O apetite pelo risco foi renovado e deu impulso aos preços das commodities.
O petróleo operou em alta também devido às expectativas geradas pelo encontro dos produtores em Doha, no domingo, 17.04, que tem como objetivo congelar os níveis atuais de produção. O contrato do tipo Brent para junho subiu 1,76%, para US$ 42,68 o barril, na ICE.
O preço do minério de ferro subiu 4,9% na China, para US$ 55,9 a tonelada seca.
Na Europa, os principais índices acionários fecharam em alta, com ganhos em ações de bancos e mineradoras.
Nos EUA, as bolsas fecharam em leve queda. Enquanto o S&P caiu 0,27%, o Dow Jones perdeu 0,12%. O Ibovespa abriu em alta, ajudada pelo cenário mais favorável ao risco.
Bovespa
A volatilidade deve predominar durante a semana, com o ambiente político também pesando sobre os negócios. Petrobras, Vale e siderúrgicas estiveram entre as maiores altas do índice, repercutindo a alta dos preços das commodities:
CSNA3 (R$ 8,97; 8,73%),
USIM5 (R$ 1,79; 6,55%),
CMIG4 (R$ 7,50; 5,63%),
GGBR4 (R$ 7,17; 5,29%),
VALE5 (R$ 12,80; 5,00%),
VALE3 (R$ 16,97; 4,50) e
PETR4 (R% 8,39, 1,57%).
No final, o índice fechou em baixa de 0,25%, a 50.165 pontos. No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 116,459 milhões no dia 7, quando o índice registrou alta de 0,87%.
O saldo acumulado de recursos externos em abril é positivo em R$ 181,695 milhões e, no ano, o saldo é positivo em R$ 10,7 bilhões.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar recuou 2,76%, fechando a R$ 3,4979, mesmo após as intervenções do Banco Central através de leilões de swap reverso, que equivalem a compra de dólares no mercado futuro.
No mercados de juros futuros da BM&F, as taxas dos contratos apresentaram mais um dia de recuo, acompanhando o apetite por risco e a queda do dólar.
Na pesquisa Focus do Banco Central divulgada hoje, as instituições sinalizaram uma projeção de Selic para 13,75% no fim deste ano e a 12,25% em 2017. Ao término da negociação regular, o contrato de DI para janeiro de 2017 terminou em 13,45%, de 13,56% no ajuste anterior (-0,81%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 13,74%, de 13,89% (-1,08%).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do movimento do mercado financeiro nesta 2ª feira, 11.04.2016, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimento do BB INVESTIMENTOS