O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, autorizou o bloqueio de R$ 5,35 milhões das contas do ex-senador Gim Argello e do assessor Paulo César Roxo Ramos, investigados na 28ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta 3ª feira, 12.04.
Juiz Sérgio Moro
A investigação aponta o recebimento de propina no valor R$ 5 milhões pelo ex-senador, para evitar a convocação de executivos de empreiteiras para prestarem depoimento nas comissões parlamentares de inquérito sobre a Petrobras.
Moro bloqueia contas em R$ 5,35 milhões
Além das contas pessoais de Gim Argello e Paulo Roxo, foram bloqueadas as contas das empresas do ex-senador, a Argelo & Argelo Ltda., a Garantia Imóveis Ltda. e a Solo - Investimentos e Participações Ltda.
No despacho, Moro diz que se limitou ao bloqueio das contas de Argello e de suas empresas, porque devem ser suficientes para atingir o valor da propina recebida.
“Estendi a medida a Paulo César Roxo Ramos, apontado como seu operador financeiro. Reputo prematura a extensão da mesma medida aos demais [investigados na 28º fase da Lava Jato] e mesmo às empresas de Paulo Roxo, na falta de melhores informações sobre elas”,
diz a decisão.
O ex-senador era membro da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, da Câmara e do Senado, ambas instauradas no ano de 2014 para apurar irregularidades na Petrobras.
Prisão Injustificada, segundo a família
A família do ex-senador Gim Argello, preso preventivamente hoje na 28ª fase da Operação Lava Jato, emitiu nota na qual manifesta “indignação” com a medida.
“Sua prisão – baseada apenas em denúncias não confirmadas – é injustificada sob qualquer ótica”,
disse a nota.
Segundo a família, o ex-senador sempre colaborou com a Polícia Federal e nunca se opôs a prestar esclarecimentos ou informações.
Gim Argello em avião da PF para Curitiba PR
Arquidiocese de Brasilia
Em nota, a Arquidiocese de Brasília informou que aguarda mais informações sobre o "fato veiculado" pela imprensa "a respeito da doação a uma paróquia de Brasília".
"Comunicamos que as doações dos fieis para a sustentação econômica da Igreja são acolhidas de acordo com as normas estabelecidas pela legislação civil e eclesiástica, rejeitando qualquer procedimento que não esteja de acordo com a lei e defendendo a sua rigorosa apuração."