Dólar chega a R$ 3,20 e Banco Central decide retomar intervenções no câmbio
No dia em que o dólar chegou a operar abaixo de R$ 3,20, o Banco Central (BC) anunciou a retomada das intervenções no câmbio.
Amanhã, 01.07, a instituição leiloará US$ 500 milhões em contratos de swap cambial reverso, que funcionam como compra de dólares no mercado futuro, para segurar a queda da moeda norte-americana.
Será a primeira vez, em 40 dias, que a autoridade monetária voltará a intervir no câmbio. A última vez que o BC comprou dólares no mercado futuro foi em 18 de maio, quando a divisa estava em R$ 3,53. Nesta 5ª feira, 30.06, o dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 3,213, no menor nível desde 21 de julho do ano passado.
A operação reduzirá ainda mais o estoque de swap cambial do BC, atualmente em R$ 62,1 bilhões. Esse é o montante que a autoridade monetária injetou no mercado de câmbio desde 2013 para conter a alta do dólar e que ainda está em circulação. Ao fazer leilões de swap cambial reverso, o BC diminui o estoque de swap cambial tradicional (venda de dólares no mercado futuro).
NOTA DA REDAÇÃO JF
Retomada até este 30 de junho, a mesma política cambial destrutiva que valorizou o Real, ao longo dos governos FHC e Lula, e tornou-se responsável pela destruição da capacidade competitiva da indústria brasileira, pelo aniquilamento dos superavites comerciais com o exterior e queda do emprego na indústria.
O câmbio liberado ao sabor dos ventos do mercado é o credo dos economistas liberais, não por acaso defendido por economistas vinculados ao sistema financeiro, porquanto a especulação com o sobe e desce das cotações de moedas estrangeiras e com as operações no câmbio futuro já responderam por cerca de 15% ou mais dos lucros siderais dos grandes bancos.
A luta para aniquiliar a inflação pode levar ao equívoco de liberar o câmbio para conter a elevação dos custos em dólar de mercadorias, matérias primas e de produtos finais no mercado interno.
O emprego dessa estratégia pôde também ser assistido durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Mas o País não pode novamente cair nessa armadilha. Indicadores revelam que a taxa de câmbio de equilíbrio de equilíbrio, estaria em torno de R$ 3,80 por US$ 1,00.
No entanto, o Banco Central esperou do Dólar chegar a R$ 3,20 para acordar para a necessidade de voltar a regular o mercado por meio das operações de swap cambial reverso, após o sistema financeiro uma vez mais encher as burras. Lastimável.
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