Temer diz que buscará restabelecer a confiança para atrair investimentos
“Em primeiro lugar, a estabilidade política e a segurança jurídica”
O presidente Michel Temer disse, em entrevista à imprensa chinesa, que a primeira coisa que fará à frente da nação será restabelecer a confiança para atrair investimentos.
Ele deu as declarações neste sátado, 03.09, em Hangzhou, onde participa da Cúpula do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. O encontro começa no domingo, 04.09, e termina na 2ª feira, 05.09.
“A primeira coisa que eu farei é restabelecer a confiança. Em primeiro lugar, a estabilidade política e a segurança jurídica. Não há nada mais importante para aqueles que queiram investir no país”,
afirmou Temer, que também voltou a defender a necessidade de pacificação do Brasil.
“Como nós passamos um brevíssimo período de conflitos políticos, em razão do impedimento da senhora presidente da República [a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada definitivamente pelo Senado no último dia 31], eu tenho pregado muito a pacificação entre os brasileiros”,
afirmou o presidente a jornalistas.
Temer citou ainda o desemprego que, segundo ele, só será revertido com a retomada da confiança.
“Temos um grupo muito grande de desempregados e o emprego você só retoma se incentivar a industrialização, os serviços, o agronegócio. Tudo isso será incentivado pela retomada da confiança”,
concluiu.
Abertura de mercado
O presidente Michel Temer falou ainda sobre seu encontro em 02.09 com o presidente da China, Xi Jinping. Ele disse que pediu ao líder chinês a agilização da abertura do mercado do país asiático para os produtos agrícolas brasileiros.
“Aproveitei para solicitar a ele. Eu acho que a China já tem feito isso com muita propriedade e adequação, mas há pleitos brasileiros, especialmente no tocante a frigoríficos e fornecedores de carne, que estão sendo examinados pelo governo chinês”,
destacou.
Segundo Temer, ele e Xi Jinping falaram também sobre a compra de aeronaves da Embraer pela China.
“Ontem mesmo, em Xangai, assinamos vários acordos. Mas há outros desejos da China no tocante à relação com o Brasil via compra de aeronaves”,
afirmou. O presidente referia-se à assinatura de contratos de venda de cinco aeronaves. A finalização do negócio ocorreu durante o Seminário Empresarial de Alto Nível Brasil-China.