Fidel Castro morreu nesta 6ª feira, 25.11.2016, às 22:29, em Havana, aos 90 anos. Raul Castro, seu irmão, anunciou sua morte pela TV.
Fidel cedeu o poder a seu irmão em julho de 2006 devido a uma doença intestinal grave e Raul Castro assumiu definitivamente o comando do país em fevereiro de 2008.
Fidel Castro, a quem o regime chamado de "líder histórico da Revolução" e "fundador da Revolução", dedicou-se a escrever artigos de opinião a receber líderes e personalidades internacionais. O presidente do Vietna, Tran Dai Quang, foi a última visita.
Foi criada uma "comissão organizadora funeral de" que deverá dar "informações detalhadas" sobre a "homenagem póstuma", informou Raul. Seu corpo será cremando, informou Raul Castro, em respeito a sua declaração de vontade.
Emma Castro, uma das irmãs de Fidel, residente no México, afirmou que viajará até Cuba: "Neste momento, a família que devem estar juntos", declarou à emissora de TV Univision.
Nascido em Biran, Holguin, em 13.08.1926, Castro liderou as lutas que levaram à derrubada do presidente Fulgencio Batista, em janeiro de 1959, e exerceu o poder em Cuba por 47 anos. Implantou um sistema marxista-leninista e antagonizou os EUA aliando-se com a União Soviética e países socialistas.
Sob sua liderança, a ilha foi centro da crise dos mísseis cubanos e tornou-se santuário da esquerda latino-americana, como o regime desmantelando liberdades individuais, restringindo direitos, confiscando propriedades e perseguindo adversários, artistas e intelectuais opositores.
No plano económico, o seu Governo teve consequências catastróficas para o país e uma das principais manifestações foram a emigração, sempre atribuída como de responsabilidade do embargo político e econômico imposto pelos EUA a Cuba, envolvendo todos os demais países do mundo, inclusive o Brasil.