Diário de Mercado na 6ªfeira, 25.11.2016
Ibovespa avançou nos instantes finais, com tarde tépida, em dia de pregão reduzido em Nova York.
Hamilton Moreira Alves, CNPI-T
José Roberto dos Anjos, CNPI-P
O Ibovespa encerrou aos 61.559 pts (+0,27%), variando +2,66% na semana e acumulando -5,18% no mês, +42,00% no ano e +31,35% em 12 meses.
O índice doméstico principiou decaindo, dando continuidade ao movimento da parte final do pregão de ontem. Todavia, pouco antes de meia hora de negócios, começou a reagir paulatinamente. Após o meio dia e meia, passou a oscilar ao redor da estabilidade, com curtas variações, ora em alta, ora em baixa.
Nos leilões finais (“call de fechamento”), que se iniciam faltando 5 minutos para o encerramento da sessão, o índice avançou e terminou com pequena elevação e na máxima do dia.
Destaques no Pregão
Os papéis da Vale (VALE56: R$25,86; +4,53%; VALE3: R$28,90; +4,75%) foram destaques absolutos do dia, subindo apoiadas na alta do preço do minério de ferro na China (Porto de Tianjin com escalada de cerca de +3%). Já a ação Petrobras PN (PETR4: R$15,30; -1,80%) caiu acompanhando a baixa do preço do barril de petróleo.
Em verdade, de início, questões políticas domésticas chegaram a levantar incertezas, mas, que logo se dissiparam. O pregão mais curto em Nova York, que se encerrou às 16h, por conta do evento de liquidação nacional do comércio norte-americano, conhecido como black friday, inspirou cuidados, mas, também favoreceu, pois os índices acionários, Dow Jones e S&P, renovaram seus recordes de pontuações históricas.
Capitais Externos na Bolsa
No final, a Bovespa apesentou um condizente giro financeiro de cerca de R$5,7 bilhões.
No último dado disponível, em 20 de novembro, houve saída líquida de capital externo da bolsa brasileira de R$2,759 milhões, passando o saldo negativo no mês a R$2,759 bilhões, com acumulado no ano indo a R$14,757 bilhões.
Agenda Econômica
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), domesticamente, a arrecadação federal de impostos atingiu R$148,669 bilhões em outubro, beneficiada pela “lei da Repatriação”, que injetou cerca de R$46 bilhões no mês.
Assim, o acumulado no ano contabilizou R$ 1,059 trilhão, um recuo de 3,47% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado primário do governo central registrou superávit de R$40,814 bilhões em outubro, apoiado na regularização da repatriação de recursos.
O acumulado no ano passou a ser agora de déficit de R$55,8 bilhões (era de déficit de R$32,9 bilhões no mesmo período do ano passado), lembrando que a meta estipulada pelo governo é de um saldo negativo de R$170,5 bilhões. Já nos últimos 12 meses, o déficit somou R$84,6 bilhões.
Juros
No mercado de juros, a ponta mais curta da curva da estrutura a termo da taxa de juros ficou praticamente “de lado”. Já a partir do DI Out/17, as taxas foram progressivamente se elevando, levantando a ponta mais longa.
O dia apresentou incremento de volatilidade, com questões envolvendo o cenário político doméstico e indicadores, bem como com os juros norte-americanos mais longos ainda em patamares elevados.
Câmbio
No mercado de câmbio (interbancário), o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,4070 (+0,41%), variando +0,62% na semana e acumulando +6,77% no mês, -13,99% no ano e -8,95% em 12 meses. A divisa abriu em alta, mas, foi perdendo forças na parte da manhã.
Na parte da tarde, apresentou menores oscilações, mantendo a devolução doa alta inicial. O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN) encerrou estável em comparação à véspera, em 307 pts, mas, recuou 5 pts em relação aos 312 pts do final da semana passada.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 25.11.2016, HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, analistas de investimento do BB Investimentos