DF entrega a ministério plano para captação emergencial de água no Lago Paranoá
Em meio à crise no abastecimento na capital do país que levou o Distrito Federal a adotar o racionamento de água, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, entregou nesta 2ª feira, ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, um plano de trabalho para captação emergencial de água no Lago Paranoá.
A intenção do governo local é que a União financie a obra, estimada em R$ 55 milhões.
Barbalho disse que técnicos da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) farão análise da proposta e devem dar uma resposta no prazo de 20 dias.
“Nosso objetivo é garantir o quanto antes os recursos para que essas intervenções sejam feitas com a finalidade de assegurar a tranquilidade hídrica do DF”,
disse o ministro.
Segundo o governo do DF, a proposta é captar 700 litros de água por segundo do Lago Paranoá por meio de seis tanques e para reforçar o abastecimento nas regiões administrativas atendidas pela Barragem do Descoberto. O prazo de conclusão da obra é de 180 dias.
Autora do projeto, a CAESB Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, informou que no local de captação, no Lago Norte, será montada uma estrutura flutuante que vai direcionar água para tratamento à beira do reservatório, onde será instalada uma estação compacta.
Segundo a Caesb, o local de captação foi escolhido “em razão da elevada qualidade hídrica, atestada em estudos”.
Ainda de acordo com o GDF, depois de tratado, o recurso vai abastecer regiões como Lago Norte, Varjão, Setor de Mansões do Lago Norte, Taquari, Paranoá e Itapoã.
“O processo vai diminuir o volume que precisa ser distribuída pela Estação de Tratamento de Água Brasília, que recebe uma cota não tratada do Sistema Santa Maria/Torto”,
informou o governo local, em nota.
Racionamento
Desde janeiro, o governo do DF passou a adotar o racionamento de água, com o rodízio no fornecimento entre todas as regiões que são abastecidas pelo reservatório do Descoberto, o maior da capital.
O calendário dos cortes é feito com um ciclo de seis dias, sendo que em um dia há a interrupção completa, em dois estabilização e em três fornecimento normal. No sétimo dia, o corte volta a acontecer.
O racionamento prosseguirá por tempo indeterminado, até que ocorra a recuperação do estoque de água no Descoberto.