Curvas de juros continuam em queda, mas inflação enfraquecida abre oportunidades
Os juros domésticos continuam em tendência de queda, acompanhando uma menor demanda por prêmios de risco e sob influência de um dólar mais fraco frente ao real.
Ao longo das últimas semanas, porém, vem merecendo crescente destaque o comportamento da inflação, não apenas nas divulgações dos índices oficiais e suas prévias, mas também no comportamento das expectativas de mercado – em especial, a medida de inflação implícita, presente no desconto dos yields da curva DI pelos rendimentos da curva da NTN-B, em patamares historicamente baixos.
Como resultado, o juro real brasileiro passa a ganhar proporções mais expressivas, ainda que as principais referências da renda fixa doméstica venham apresentando recuos nominais sucessivos.
Neste contexto, tornam-se particularmente atrativas as posições prefixadas, como demonstraram a elevada demanda pelo leilão de NTN-F, efetuado recentemente pelo Tesouro, e o aumento das posições compradas na ponta curta da curva DI.
Assim sendo, sob a ótica fundamentalista, cabe destacar que as posições prefixadas passam a contar com mais um atrativo, no atual cenário, justamente em vista da tendência de queda da inflação e, por consequência, por um maior potencial de valor dos ativos.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado de Renda Fixa na semana finda em 20.02.2017, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P, e JOSÉ ROBERTO DOS SANTOS, CNPI-P, ambos da equipe do BB Investimentos