MAGAZINE LUIZA Resultados no 1º trimestre/2017
Resultados Notáveis
Magazine Luiza apresentou resultados impressionantes em 1º trimestre/2017, bem acima da média de mercado, do consenso de mercado e de nossas previsões.
O Top Line expandiu 23,0% aa no trimestre (+10,1% A/E), enquanto as vendas de bens duráveis aumentaram apenas 2,1%, segundo o IBGE (até fevereiro).
A Margem Bruta caiu 0,5 p.p. para 29,7% (-0.1 p.p.A/E), o que era esperado já considerando a maior parte do canal de e-commerce em sais totais (+6,0 p.p.nos últimos 12 meses, para 28,4%).
A Margem EBITDA, por outro lado, aumentou 1,9 p.p.a/a, para 8,3% (+0,9 p.p. A / E), o nível mais elevado na história da empresa. Assim, o botton line veio 84,4% acima das nossas estimativas, em R$ 59 milhões, representando uma margem líquida de 2,1% (+0,8 p.p. A/E).
Desse modo, esperamos uma reação positiva no preço da ação nos próximos pregões. No entanto, mantemos nossa recomendação Market Perform, com um preço-alvo YE17 de R$ 196,00.
Continuamos otimistas em relação ao case de investimentos da empresa e seu desempenho para o ano. No entanto, Magazine Luiza irá enfrentar uma base comparativa mais forte no 2º semestre/2017, em relação ao ano anterior, com os investidores aproveitando a oportunidade para realizar lucros.
MGlu3 está sendo negociada a 23.0x P/E e 6.3xEV/EBITDA para 2017, de acordo com nossas estimativas, contra uma média histórica CTI (últimos 5 anos) de 44.3x e 5.7x, respectivamente.
O Top Line impressionou. Receita Bruta cresceu 23,0% a/a no trimestre (contra +3,6% a/a no 1ª trimestre/2016), totalizando R$ 3,3 bilhões, quase o mesmo nível de vendas do último trimestre de 2016 (R$ 3,4 mil bilhões), que é sazonalmente o mais forte trimestre do ano. Entre os fatores que viabilizaram esse crescimento, destacamos:
(i) maior tráfego nas pessoas nos canais online e offline;
(ii) uma maior variedade de produtos (o número de SKU do marketplace aumentou 98% nos últimos 12 meses para 220 mil);
(iii) menor quebra de estoques;
(iv) menor prazo médio de entrega.
Como resultado, as operações da rede de Lojas Físicas apresentaram uma sólida performance de vendas em mesmas lojas de +11,4% (contra -6,0% no 1º trimestre/2016) e o impressionante crescimento das vendas no e-commerce de 56,2% (versus +27,8% no 1T16). Nos últimos doze meses, 18 novas lojas foram abertas e, segundo a administração, o ritmo de lançamentos irá acelerar nos próximos meses (nenhuma orientação foi anunciada).
Margens também surpreenderam ...
A margem bruta diminuiu 0,5 p.p. no trimestre, devido a uma maior participação do canal de e-commerce em vendas globais. No entanto, permaneceu estável o nível de rentabilidade bruta em cada canal de vendas considerado isoladamente, refletindo uma política de preços mais racional no mercado global.
A Margem EBITDA, por outro lado, expandiu substancialmente por 1,9 p.p. a/a, como um resultado da maior alavancagem operacional (devida à aceleração crescimento do top line), levando a uma base de diluição maior.
Além disso, as despesas operacionais aumentaram em um ritmo mais lento do que a vendas, cerca de 12,6% ano/ano, devido a iniciativas relacionadas com o controle de despesas e com a automação de processos, implementadas ao longo de 2016, enquanto o resultado de equivalência patrimonial da Luizacred e da Luizaseg cresceu 59,2%, para R$ 23,4 milhões.
Margem Líquida expandiu no mesmo ritmo que a margem EBITDA. cerca de 1,9 p.p.a/a., refletindo um aumento de 14,5% da controlada e nas despesas financeiras líquidas.
... bem como endividamento e capital de giro.
A Dívida Bruta reduziu 10,5% nos últimos 12 meses, a R$ 1,6 bilhão, enquanto que a geração de EBITDA melhorou 54,9% no mesmo período, levando a relação Dívida Líquida/EBITDA a decrescer para 0,5x, no 1º trimestre/2017, a partir de 1,6x, em 1º trimestre/2016.
A queima de caixa lívre totalizou R$ 642 milhões no trimestre (+45,7% a/a), refletindo, principalmente, o pagamento de R$ 251 milhões em empréstimos.
A necessidade de capital de giro (considerando recebíveis de cartões de crédito) melhorou substancialmente (de R$ 161 milhões positiva em 1º trimestre/2016 de R$ 219 milhões negativos no 1º trimestre/2017), como resultado de melhorias no giro dos estoques, que reduziu de 73 dias para 66 dias no período.
O giro dos estoques foi beneficiado pela maior participação do e-commerce nas vendas totais e por uma melhor performance do SSS nas lojas físicas.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da MAGAZINE LUIZA no !º trimestre/2017, elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO, CNPI Senior Analyst, do BB Investimentos