Diário do Mercado na 4ª feira, 28.06.2017
Discreta melhora do humor externo mantém bolsa no positivo
Resumo.
Um cenário político com notícias um tanto positivas e otimismo no exterior levaram a bolsa a fechar no azul e o dólar no vermelho. Os dois motes internos foram a perspectiva de aprovação da reforma trabalhista na CCJ Comissão de Constituição e Justiça e a troca da liderança do PMDB no Senado, fatores estes que se inter-relacionam positivamente.
Nos EUA, o setor financeiro foi o responsável pela recuperação das perdas de ontem: após uma rodada de testes de estresse dos bancos, conduzida pelo FED, os 34 bancos avaliados foram aprovados.
Ibovespa.
Em um dia de baixo movimento, a bolsa se mostrou reticente nas duas primeiras horas de pregão, quando assumiu e manteve tendência positiva, sob influência favorável, pela continuidade da alta nos preços do minério de ferro e petróleo e bolsas operando em terreno positivo.
O Ibovespa fechou aos 62.017 pts (+0,55%), acumulando -1,11% no mês, +2,97% no ano e +24,02% em 12 meses.
Em termos de relevância, novamente a Vale foi predominante com valorização ponderada no Ibovespa de +0,23% (Vale5 e Vale3), beneficiada pela valorização do minério de ferro no mercado à vista chinês. Ao todo, 38 papéis tiveram resultado positivo (29 acima do Ibov) e 20 papéis apresentaram desempenho negativo. O giro da Bovespa foi abaixo da média, totalizando R$ 5,825 bilhões (-23,2%), sendo R$ 5,616 bilhões no mercado à vista.
Agenda Econômica.
Na agenda, o Banco Central divulgou a taxa de inadimplência no crédito livre que passou de 5,7% em abril para 5,9% em maio. Há um ano a taxa estava em 5,8%.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana perdeu valor frente as principais moedas, inclusive emergentes. Pesou contra a moeda a divulgação de dados econômicos piores que o previsto, conforme quadro acima.
A moeda fechou cotada a R$ 3,2855 (-1,01%), acumulando +1,53% no mês, +0,95% no ano e -0,54% em 12 meses.
Risco Brasil - O CDS brasileiro de 5 anos fechou em 239 pts, ante 241 pts do dia anterior, acompanhando a melhora no humor estrangeiro.
Juros.
No mercado de juros, houve elevação da ponta curta refletindo incertezas no curto prazo.
Eventos da semana.
No Brasil, ainda esperados para esta semana: IGP-M, TJLP, taxa de desemprego e resultados primário e nominal. Nos EUA, PIB, consumo pessoal, PCE (núcleo), índice de gerentes de compra de Chicago e índice de confiança do consumidor da Univ. Michigan. Na Europa, taxas de inflação. Na China, PMI manufatura e PMI não manufatura.