Diário do Mercado na 5ª feira, 13.07.2017
Dia de correção em meio a agenda pouco expressiva
Resumo.
O dia de agenda fraca trouxe o predomínio de movimentos considerados de correção.
No Brasil, a recente melhora dos prognósticos quanto à agenda de reformas manteve o clima da bolsa no positivo, mas os juros e o dólar devolveram parte do movimento visto nas últimas três sessões em reação ao segundo dia de declarações da presidente do Fed Janet Yellen, desta vez ao Congresso norte-americano.
Ao final do dia, no front político, houve a rejeição por parte da CCJ do relatório que recomendava a aceitação de denúncia contra o presidente da república.
Ibovespa.
Surpreendendo ao engatar a quarta valorização consecutiva, o mercado brasileiro diante da ausência de direcionadores teve apoio do bom humor vindo das bolsas no exterior, e estas, de uma nova valorização do petróleo.
O benchmark da bolsa brasileira findou aos 65.178 pts (0,53%), com giro financeiro preliminar da Bovespa em R$ 7,34 bilhões, sendo R$ 7,03 bilhões no mercado à vista, e com os investidores posicionando-se de olho no vencimento de opções, cujo exercício acontece na próxima segunda-feira.
O capital externo à bolsa, com a ingresso de de R$ 289 milhões em 11 de julho, passou a somar neste mês saldo positivo em R$ 407,7 milhões. Em 2017, está acumulando agora R$ 5,299 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o volume do setor de serviços avançou 0,1% na passagem de abril a maio, com as principais contribuições vindas de “serviços prestados às famílias” (+0,5%) e “serviços profissionais administrativos” (+2,4%). No comparativo ante maio de 2016 houve recuo de 1,9%, ligeiramente maior do que as estimativas (-1,8%).
No exterior, ainda na noite de ontem, na China, a balança comercial de junho foi superavitária em US$ 42,80 bilhões, tendo ambos importações e exportações surpreendido positivamente ao avançar no comparativo ano contra ano mais do que o projetado pelos analistas (17,2% e 11,3% contra 14,5% e 9% esperados, respectivamente).
Já na Europa, Alemanha e França divulgaram dados de inflação ao consumidor estritamente em linha com as estimativas, e não influenciaram os negócios. Por fim, nos EUA, a presidente do Fed Janet Yellen discursou no Congresso norte-americano, e, opostamente ao que foi sentido ontem, suas palavras foram ligeiramente mais otimistas para com o andamento da economia norte-americana e a dinâmica inflacionária, o que de certa maneira atenuou o sentimento dovish da véspera.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) sustentou o suporte aos R$ 3,20, e manteve-se praticamente estável ante o real, embora tenha avançados contra demais moedas mundo afora, tendo a interpretação menos branda do discurso de Janet Yellen como principal direcionador. A divisa norte-americana findou os negócios a R$ 3,2127 (+0,19%).
Risco Brasil - O CDS brasileiro de 5 anos, no entanto, cedeu a 229 pontos ante 229 do fechamento da 4ª feira.
Juros.
Os juros futuros acompanharam o repique do dólar, em um movimento considerado de correção do exagero visto na véspera, e se elevaram ao longo de toda a extensão de sua curva a termo, em especial na ponta longa.
Para a 6ª feira.
A agenda pesa nos EUA, com a divulgação de dados de Inflação ao consumidor, produção industrial, vendas no varejo e a prévia do sentimento da Universidade de Michigan, todos relativos a junho.
No Brasil o destaque fica por conta da atividade econômica (IBC-Br – Bacen) do mês de maio.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 13.07.2017, elaborado por RAFAEL FREDA REIS CNPI-P, e WESLEY BERNABÉ, CNPI, ambos do BB Investimentos