Diário do Mercado na 3ª feira, 29.08.2017
Ibovespa atingiu novo fechamento máximo no ano
Resumo.
O cenário externo foi preponderante no dia. O índice doméstico principiou em baixa, seguindo os futuros das bolsas de Nova York. Em seguida, acompanhou gradualmente a melhoria dos índices de Wall Street ao longo da manhã, descolando-se positivamente na parte da tarde, perfazendo nova máxima de fechamento no ano.
O centro das atenções, que inicialmente aumentou a aversão ao risco, foi o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte no mar do Japão. Depois, a notícia que o projétil era de curto alcance dissipou os piores temores dos investidores, que redirecionaram suas posturas para a compra de ativos de risco, tornando a dar impulso aos mercados bursáteis pelo mundo.
Nem mesmo a continuidade do rumor de que a PGR (Procuradoria Geral da República) poderá efetivar nesta semana nova denúncia contra o Presidente da República (lembrando que a anterior foi rejeitada pela câmara dos deputados) conseguiu sobrepujar o otimismo dos agentes.
Ibovespa.
O índice decaiu na primeira meia hora de negócios, mas, foi reagindo com trajetória ascendente ao longo do pregão, firmando-se em campo definitivamente positivo após às 13h30min, para encerrar na máxima do dia e do ano.
A tendência de alta permanece no Ibovespa, que terminou em 71.329 pts (+0.44%), passando a acumular +7,73% no mês, +17,91% no ano e +23,04% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 6,573 bilhões, sendo R$ 6,294 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa - A Bovespa apresentou saída de capital externo de R$ 7.206 milhões no último dia 25 de agosto, somando agora saldo positivo de R$ 3,23 bilhões no mês. Em 2017, acumula entrada de R$ 11,227 bilhões.
Agenda Econômica. O governo central registou déficit primário de R$ 20,152 bilhões em julho, acumulando R$ 183,7 bilhões em 12 meses (2,84% do PIB).
Câmbio e CDS.
O dólar comercial chegou a subir de início, com as tensões externas entre EUA e Coreia do Norte, permanecendo com pequena elevação ao longo da maior parte do pregão. Todavia, com a dissipação dos temores, devolveu o avanço.
A moeda terminou cotada a R$ 3,1650 (+0,04%), acumulando +0,35% na semana, +1,47% no mês, -2,68% no ano e -2,16% em 12 meses.
Risco Brasil. O CDS Brasil 5 anos findou estável, em 200 pts.
Juros futuros.
A parte mais curta da curva de estrutura a termo da taxa de juros decaiu, denotando a percepção favorável do mercado em relação à decisão do Copom sobre a taxa Selic no próximo dia 6 de setembro. Já a parte mais longa, que tinha sido influenciada inicialmente pelo cenário externo, terminou praticamente de lado.
Destaques na agenda da semana.
Brasil: Resultado primário consolidado, IGP-M, Taxa de desemprego, PMI Manufatura, PIB 2º trimestre, Capacidade instalada CNI e Balança comercial mensal.
EUA: PIB 2º trimestre, PCE núcleo, Payroll (criação de vagas na economia), Taxa de desemprego, Índice de Confiança Univ. Michigan e PMI manufatura.
China: PMI manufatura.
Europa: PMIs da Alemanha, França, Reino Unido e zona do euro.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 29.08.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, ambos integrantes da equipe do BB Investimento.