Diário do Mercado na 4ª feira, 13.09.2017
Ibovespa seguiu resiliente e perfez novo fechamento máximo
Resumo.
Pelo terceiro dia consecutivo, a bolsa renovou seu recorde histórico de fechamento, aos 74.787 pts. O índice doméstico chegou a superar os 75 mil pts, com máxima intradiária de 75.146 pts, tendo tido leve correção na última hora de negócios.
No panorama doméstico não houve grandes novidades e o índice brasileiro manteve a tendência de alta. Já no exterior, houve certo arrefecimento nas tensões entre EUA e Coreia, assim como a percepção momentânea que o impacto causado pelo furacão Irma foi menor do que o esperado no sul dos EUA.
Neste cenário, as bolsas norte-americanas tiveram leve valorização, atingindo máximas históricas de fechamento pelo segundo dia consecutivo.
Ibovespa.
O índice principiou o dia com oscilações, indo e vindo entre altas e baixas. Pouco depois das 12:30h firmou-se em campo positivo e prosseguiu ascendente alcançando a máxima do dia os 75.146 pts, faltando uma hora para o fim do pregão, sofrendo alguma correção até seu fechamento.
O Ibovespa encerrou aos 74.787 pts (+0,33%), acumulando +2,34% na semana, +5,58% no mês, +24,18% no ano e +31,62% em 12 meses. A Petrobras e o setor bancário sustentaram o avanço no dia, bem como alguns papéis de segunda linha também subiram, enquanto a Vale influenciou negativamente.
O vigoroso volume preliminar da bolsa totalizou R$ 10,342 bilhões, sendo R$ 9,972 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, em 11 de setembro, o ingresso de capital estrangeiro foi de R$ 622,201 milhões, ampliando o saldo no mês para R$ 1,873 bilhão. No acumulado do ano, o resultado está positivo em R$ 12,857 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IBGE divulgou que o volume do setor de serviços, com ajuste sazonal, variou -0,8% em julho, versus +1,3% em junho. O indicador passou a acumular -4,0% no ano e -4,6% nos últimos 12 meses. Em relação a julho do ano passado, houve oscilação de -3,2%. Já a receita nominal, com ajuste sazonal, registrou -0,1% em julho, mas, apresentou avanço de +1,9% em comparação com julho de 2016. O indicador acumulou até julho +1,7% no ano e +0,7% nos últimos 12 meses.
Na China, na noite de hoje, serão divulgadas as vendas a varejo e a produção industrial.
Câmbio e CDS.
A moeda norte-americana sofreu influência direta do compasso de espera do mercado para saber o tamanho da rolagem dos 199.495 contratos (US$ 9,975 bilhões) de swap cambial pelo Banco Central que vencerão no próximo dia 1º de outubro.
Parte dos agentes apostam que não haverá rolagem integral, fazendo com que, no curto prazo, ocorra certa pressão de alta. Todavia, vale ressaltar que, apesar de exercer influência, este não é o único parâmetro que movimenta a cotação da divisa.
O dólar comercial interbancário encerrou valendo R$ 3,1380 (+0,35%), acumulando agora +1,49% na semana, -0,32% no mês, -3,51% no ano e -5,34% em 12 meses.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu ligeiramente para 182 pts, contra 183 pts da véspera.
Juros.
Mais um dia em que os agentes seguiram ajustando sua percepção quanto a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário pelo Banco Central. Assim, as taxas mais curtas tornaram a recuar e as mais longas, com inflexão no DI Jan/20, registraram elevações.
Para a quinta-feira.
No Brasil, IGP-10 e IBC-Br (índice de atividade econômica do Banco Central). Nos EUA, IPC e seu núcleo e novos pedidos de seguro-desemprego. Na França, o IPC. O Reino Unido, decisão do BoE (Bank of England) sobre política monetária. No Japão produção industrial e utilização da capacidade instalada.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 4ª feira, 13.09.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, analista chefe, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, ambos da equipe do BB Investimento.