Diário do Mercado na 2ª feira, 18.09.2017
É recorde atrás de recorde! Tendência de alta, mas qual o limite?
Resumo.
O cenário positivo de recuperação econômica prevaleceu no mercado doméstico. O relatório Focus trouxe diversos ajustes positivos nas expectativas de inflação e de crescimento do PIB para 2017 e para 2018. Com as seguidas quedas na Selic, os investidores têm procurado a alocação mais lucrativa do capital, atraindo maior volume financeiro para a Bovespa.
O índice doméstico renovou recordes históricos intradiário e de fechamento hoje. No cenário político, a posse da nova Procuradora Geral da República e o eventual atraso no cronograma de reformas advindo do trâmite da requentada segunda denúncia contra o presidente não fizeram preço hoje.
No exterior, as bolsas norte-americanas também avançaram, perfazendo novas máxima históricas de pontuação final para os índices Dow Jones e S&P 500.
Ibovespa.
O índice principiou com forte alta, ultrapassando os 76 mil pts, renovando nova máxima intradiária, aos 76.404 pts, mas o vencimento do exercício de opções sobre ações marcou a manhã na bolsa,
O Ibovespa passou a realizar pouco antes do início da tarde e entre idas e vindas a seguir, terminou em alta de +0,31%, aos 75.990 pts, acumulando +7,28% no mês, +26,17% no ano e +33,13% em 12 meses.
O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 14,522 bilhões, já incluindo R$ 4,980 bilhões do exercício de opções sobre ações, sendo R$ 9,140 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Em 14 de setembro, último dado disponível, houve saída de capital estrangeiro de R$ 143,007 milhões. Assim, o saldo positivo no mês cedeu a R$ 2,789 bilhões. No acumulado do ano, o ingresso é de R$ 13,774 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a FGV divulgou o resultado da 2ª prévia de setembro do IGP-M, com variação de +0,41%, após alta de +0,03% na mesma prévia de agosto - dado praticamente alinhado ao consenso e +0,43%.
No ano, o índice acumula deflação de -2,16% e recuo de -1,51% nos últimos 12 meses. Entre os seus subíndices, o IPA-M teve alta de +0,63%, contra recuo de -0,14% na 2ª prévia de em agosto; o IPC-M (varejo) teve deflação de -0,10%, ante avanço de +0,36% na 2ª prévia de agosto e o INCC-M (construção) subiu +0,22%, contra aumento de +0,31% na 2ª prévia de agosto.
Na manhã desta 2ª feira, no relatório Focus, que traz o consenso compilado das expectativas de mercado, o cenário prosseguiu benéfico para 2017, se sobressaindo o arrefecimento do IPCA. Já para 2018, a melhora foi ainda mais expressiva, com o IPCA cedendo para próximo de 4,12%(4,18% antes), a Taxa Selic baixando para 7,00% (7,25% antes) e o PIB crescendo para 2,20% (2,00% antes).
Câmbio e CDS.
O dólar comercial encerrou a sessão com alta de +0,64%, cotado a R$ 3,1330, acumulando -0,48% no mês, -3,66% no ano e -4,10% em 12 meses. A moeda operou em alta o dia todo, refletindo o comportamento da divisa no mercado internacional.
Risco País - O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu para 178 pts, no menor patamar desde 9 de dezembro de 2014, refletindo uma melhor percepção dos agentes em relação ao País.
Juros.
A boa perspectiva em relação às divulgações do Relatório Anual de Inflação do Banco Central e do IPCA-15 de setembro, acompanhados dos ajustes positivos para o IPCA e para o PIB no relatório Focus desta manhã, influenciaram a queda dos juros futuros na sessão de hoje, com baixa mais notada no curto e médio prazos.
Para a terça-feira.
EUA: Construção de casas novas, Licenças p/construção e Índice de preços de importação. Alemanha: Pesquisa ZEW (Expectativas). Zona do Euro: Pesquisa ZEW (Expectativas). Japão: Balança comercial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 18.09.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, analista senior, RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, analista, e RICARDO VIEITES, analista da equipe do BB Investimento