Diário do Mercado na 3ª feira, 19.09.2017
Resistiu às realizações. Mercado aguardando RTI e FED.
Resumo.
Depois de seguida altas e renovação de recordes do índice Ibovespa, a sessão principiou com correções, mas, recuperou-se durante o dia, fechando praticamente estável (-0,02%).
Na falta de dados domésticos, o mercado chegou a exercer pressão vendedora pela manhã, com a divulgação de uma pesquisa CNT/MDA com possível cenário político-eleitoral para 2018. Porém, como a eleição ainda está distante, os investidores foram relativizando os resultados e a recuperação apareceu.
Também, os agentes estão ávidos por novas notícias mais consistentes, aguardando o resultado da reunião do Fed, para ter melhor noção do caminho do aperto monetário nos EUA, e o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do Banco Central brasileiro, para entender a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário no Brasil, ambos agendados para amanhã. No exterior, as bolsas de Nova York renovaram mais uma vez recordes históricas de fechamento.
Ibovespa.
O índice extrapolou os 76 mil pts nos primeiros minutos de pregão, passando a realizar razoavelmente em seguida, batendo a mínima do dia às 12h38, aos 75.299 pts. A partir daí, recuperou boa parte das perdas, influenciado pelas positivas bolsas de Nova York, apesar de ter operado a maior parte da tarde ligeiramente negativo.
A Vale, refletindo a queda do aço no mercado chinês, e o setor de siderurgia foram os destaques de baixa no dia.
O índice terminou de lado, aos 75.974 pts (-0,02%), acumulando +0,29% na semana, +7,26% no mês, +26,15% no ano e +32,47% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 8,368 bilhões, sendo R$ 8,153 bilhões no mercado à vista. Na sexta-feira (15), último dado disponível, houve ingresso de capital estrangeiro de R$ 590,022 milhões, aumentando o saldo positivo no mês para R$ 3,379 bilhões. No acumulado do ano, o fluxo de capital estrangeiro registrou entrada líquida de R$ 14,364 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, não houve divulgação de dados importantes. Nos Estados Unidos, a construção de moradias atingiu o número de 1,18 milhão, havendo queda no mês de agosto de -0,8%, ante recuo de -2,2% (dado revisado de -4,8%) em julho.
O índice que mensura as permissões para novas construções acelerou em +5,7%, versus -3,5% em julho, enquanto o consenso aguardava queda de -0,8%, chegando a 1,30 milhão de licenças.
Câmbio e CDS.
O dólar encerrou o dia com ligeira alta de +0,03%, cotado a R$ 3,1340, em pregão de poucas oscilações. Acumulando na semana +0,67%, -0,44% no mês, -3,63% no ano e -4,31% em 12 meses.
Risco País - O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu aos 180 pts, ante 178 pts no dia anterior.
Juros.
Em linha com a tendência dos últimos dias, os juros operaram em baixa durante todo o dia em baixa, chegando a reduzir seu recuo no fim da manhã. No final, a curva da estrutura a termo da taxa de juros cedeu como um todo.
Para a quarta-feira.
Brasil: Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e IPC FIPE- Semanal. EUA: Vendas de casas já existentes e Decisão da taxa de juros pelo FOMC. GBR: Vendas no varejo. Japão: BOJ Resolução de política monetária.
Para a terça-feira.
EUA: Construção de casas novas, Licenças p/construção e Índice de preços de importação. Alemanha: Pesquisa ZEW (Expectativas). Zona do Euro: Pesquisa ZEW (Expectativas). Japão: Balança comercial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado nesta 3ª feira, 19.09.2017, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, Rafael Freda Reis, CNPI-P, e Ricardo Vieites, do BB Investimentos