Diário do Mercado na 6ª feira, 22.09.2017
Ibovespa culminou com realização após avançar por oito semanas.
Resumo.
A questão geopolítica continuou a trazer certo desconforto aos agentes. A nova troca de farpas entre Coreia do Norte e EUA trouxe insegurança aos investidores, que tende a elevar a aversão ao risco.
No cenário doméstico, o desempenho aquém do desejado das bolsas norte-americanas contribuiu para mais um dia de realizações na bolsa de São Paulo, depois de seguidas renovações de recordes, com o índice registrando a primeira queda semanal (-0,48%) após oito semanas consecutivas de ganhos.
Já o índice de confiança do consumidor (FGV) – considerado antecedente, demonstrou melhora, subindo para 82,3 pts, sendo que o noticiário político não teve tanta influência na sessão.
Ibovespa.
O índice principiou a sessão em queda batendo a mínima do dia às 10h41, aos 75.028 pts e operou em baixa quase a totalidade do pregão, apesar de uma tentativa de recuperação por volta das 13h. A partir daí, inclusive seguiu paulatinamente declinante até o fechamento.
Os destaques negativos do dia foram, mais uma vez, a Vale - em razão da queda do preço do minério na China - e o setor de siderurgia, que sofreu com realizações em razão da valorização recente.
O Ibovespa fechou aos 75.389 pts (-0,28%), acumulando -0,48% na semana, +6,43% no mês, +25,18% no ano e +27,79% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 7,894 bilhões, sendo R$ 7,618 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. Na quarta-feira (20), último dado disponível, o ingresso líquido de capital estrangeiro foi de R$ 560,166 milhões, incrementando o saldo positivo do mês, que atingiu R$ 4,375 bilhões em setembro. O acumulado do ano está superavitário em R$ 15,359 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o índice de confiança do consumidor / FGV subiu para 82,3 pts, ante 80,9 pts em agosto, interrompendo três recuos negativos consecutivos. No desdobramento do índice, a percepção da situação atual (ISA) ficou praticamente estável (+0,02%), enquanto que as expectativas (IE) para os próximos meses avançaram (+2,2%).
No exterior, o PMI Manufatura dos EUA subiu para 53,0 pts (mesmo que o consenso), ante 52,8 pts em agosto. Na Alemanha, o PMI Manufatura subiu a 60,6 pts, acima da expectativa de 59,0 pts, contra 59,3 pts em agosto. O PMI Manufatura francês teve ligeiro aumento para 56,0 pts, acima do consenso (55,5 pts), frente à 55,8 pts registrado em agosto. O dado final do PIB 2T17 da França mostrou variação trimestral de +0,5% (T/T-1), igual a prévia, mas avançou +1,8% na comparação anual, acima da variação preliminar de +1,7%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou durante toda a sessão campo negativo, à imagem do comportamento da divisa no exterior. A moeda encerrou cotada a R$ 3,1270 (-0,48%), passando a acumular +0,45% na semana, -0,67% no mês, -3,84% no ano e -3,07% em 12 meses.
Risco País - O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos recuou levemente aos 201 pts, versus 203 pts da véspera.
Juros.
Após seguidas quedas nos últimos dias, os juros principiaram a sessão em baixa, mas, logo se aproximaram e passaram a rondar a estabilidade. No final, as taxas mais curtas tiveram pequenos recuos e as mais longas, a partir do DI Jan-20, gradual ascensão.
Para a semana que vem.
- Brasil: Dados do setor externo, IPC-Fipe, Taxa de inadimplência, IGP- M, Taxa de longo prazo (TJLP), Taxa de desemprego nacional e Resultados primário e nominal do setor público consolidado.
- China: Lucros Industriais e PMI manufatura.
- EUA: Vendas de casas novas, Pedidos de bens duráveis, PIB, Consumo pessoal, Estoques no atacado, Estoques de varejo, PCE núcleo, Índice de compras dos gerentes de Chicago e Índice de confiança do consumidor da Univ. Michigan.
- Reino Unido: PIB.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 22.09.2017, elabordo por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, e RICARDO VIEITES, da equipe do BB Investimento