Diário do Mercado na 2ª feira, 02.10.2017
Bolsa: Sem “notícias novas” no início do 4º tri, mercado andou de lado.
Resumo.
No Brasil, não houve “notícias novas” que influenciassem o mercado. Aparentemente, até o cenário mais favorável embutido nas projeções dos agentes no relatório semanal Focus, do Banco Central, com perspectivas melhores de inflação, PIB e taxa de juros alteraram o comportamento dos investidores no término do pregão.
Já os principais índices de ações das bolsas estrangeiras fecharam em alta no primeiro dia de negociações do quarto trimestre, a despeito da conflituosa votação de independência da Catalunha e de mais uma ataque de um franco atirador nos EUA.
Ibovespa.
Em seu primeiro pregão do mês, o Ibovespa não apresentou tendência predominante e oscilou de maneira contida durante o decorrer da sessão, rondando a estabilidade.
O índice oscilou entre a mínima de 73.845 (-0,60%), já na primeira hora de negócios, até a máxima aos 74.506 pts (+0,29), logo em seguida, puxado pelas positivas bolsas externas.
Os bancos e a Petrobras – descolando-se da desvalorização do petróleo – contribuíram favoravelmente, enquanto Vale e Ambev recuaram. O índice, basicamente, oscilou ao redor da estabilidade, sem muita força, e fechou praticamente estável, aos 74.359 pts (+0,09%), acumulando +23,47% no ano e +27,40% em 12 meses.
O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 7,369 bilhões, sendo R$ 7,209 bilhões no mercado à vista. Na quinta-feira (28), último dado disponível, os investidores estrangeiros retiraram R$ 210,225 milhões da bolsa. Em 2017, o saldo de capital estrangeiro é positivo de R$ 14,608 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o PMI manufatura repetiu o patamar do mês anterior, em 50,9 pts. A balança comercial (MDIC) registrou superávit de US$ 5,178 bilhões em setembro, acima do consenso (US$ 5,090 bilhões), resultado recorde para o mês na série histórica (desde 1989). Em 2017, o superávit comercial passou a acumular US$ 53,283 bilhões - também seu maior resultado histórico.
No relatório semanal Focus do Banco Central, as projeções de mercado, após atingirem um nível proeminente, prosseguiram denotando aumento gradual. Tanto para este ano, como para o próximo, o mercado vai vislumbrando a inflação baixa e sob controle, a taxa de juros em piso histórico e a gradual elevação do PIB.
Esta manutenção de otimismo tende induzir um maior ingresso de capital de mais longo prazo para o País, com viés voltado a investimentos no setor produtivo. Inclusive, neste momento, nota-se a percepção de uma taxa de câmbio esperada com desvalorização contida, não tendendo a trazer efeitos adversos sobre a trajetória futura de inflação.
No exterior, o PMI manufatura dos EUA performou com mínima variação, indo a 53,1 pts em setembro, ante 53.0 pts em agosto e próximo ao consenso de 53,0 pts. Também foram divulgados os dados finais dos PMIs manufatura das principais economias europeias, que não “fizeram preço”. Na Alemanha, ficou em 60,6 pts; na França, em 56,1 pts, Reino Unido em 55,9 pts e na zona do euro em 58,1 pts.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) abriu a sessão com valorização, mas, o rumo da divisa teve reversão antes do fim da manhã, fechando em baixa. A moeda terminou cotada a R$ 3,1560 (-0,35%), passando a acumular -2,95% no ano e -2,92% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu a 193 pts, ante 196 pts na última sexta-feira.
Juros.
Os juros futuros ensaiaram movimento de alta pela manhã, mas, a tendência se dissipou no início da tarde e acompanhou o dólar, encerrando a sessão em baixa.
Para a 3ª feira.
No Brasil: Produção industrial e Utilização da capacidade instalada / CNI. Nos USA: vendas internas e total de vendas de veículos.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 02.10.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, RAFAEL REIS, CNPI-P, e RICARDO VIEITES, analista, integrantes do BB Investimento
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